Espaço de crítica tendencialmente destrutiva

segunda-feira, julho 31, 2006

Rabo pro continente...

Alberto João Jardim brindou-nos com mais um comício do chão da lagoa, o presidente do governo regional é uma figura que muito aprecio à sua maneira especial. Tal como o bolo do caco, a brisa de maracujá ou outros produtos típicos da madeira, alberto joão jardim(AJJ) é por si próprio um produto natural que justifica a especialidade regional que se lhe reputa...e com justiça.

Da sua tribuna do chão da lagoa em estilo high tec, com microfone pendurado na orelha á Vitor Hugo Cardinali, AJJ, qual galvanizador de massas fez o seu discurso que caso não tivesse os já costumeiros toques de pimenta compalavras como "cú" e outros pouco entusiasmaria o seu público que é ignorante e de baixa instrução. Analizar o discurso de AJJ é interessante, njão somente pela linguagem mas também pelo discurso, ou seja e muito contra a inteligenzia publicada pelo que diz, não somente para a madeira mas também para o continente...

Começemos pelo continente, AJJ alega que o Governo do Engº anda a distrair os portugueses com temas económicos quando prepara um assalto aos baluartes e valores morais nacionais. Terá razão? Em parte sim, estranhamente o Eng. Sócrates anda por caminhos ínvios, ou nem por isso, em todo o caso a análise do régulo madeirense procede na medida em que o Eng anda pela via unanimista, reformando contra corporações(ou pelo menos é isso o que nos vendem), educação, segurança social e função pública, numa palavra deficit, é verdade mas também se prepara o choque social que estranhamente marcará os próximos anos de governação. AJJ alerta e bem para a desnecessidade de um novo referendo acerca do aborto, da legalização do casamento dos homossexuais e outras medidas que são fracturantes mas que levam as pessoas a tomar partido em realidades quotidianas por oposição a temas etéreos como o números e as finanças públicas...

Ainda não chegou o momento de dar rédea solta à agenda social do PS que colocará fim ao monopólio social de esquerda do BE e PCP, vêm aí não uma ofensiva contra a família como nos vendem alguns mas sim e "apenas" um achincalhamento e uma perversão total de realidades milenares como família, casamente e filiação...AJJ não é burro pelo contrário, entendeu também que os tempos em que do continente sopra somente dinheiro vão acabar, por culpa sua, ou seja a madeira, bem o mal modernizou-se e seus indices ilustram-no da melhor maneira, ou seja melhorando espetacularmente nos últimos 30 anos, provavelmente de uma forma artificial, com medidas keynesianas e com fundos comunitários secaram muito em breve, resultado...

«Garrote» financeiro» pois caro AJJ a malta de Lisboa ou em Bruxelas qualquer dia farta-se de pagar túneis e carnavais, deixando a clique dirigente de enriquecer com obras públicas e seus ágios lícitos e não só... Chegará o dia em que os deputados e membros do governo regional andaram também de slips e chinelas? A ver vamos, a César o que é de César, sem dúvida que a Madeira tera de mudar mas isso não é o meu problema, enquanto continental, mas sim dos gajos lá das ilhas...

Internamente e não conhecendo as complexidades políticas internas da madeira, ou seja as cliques diferentes que guerreiam entre si em troca de favores e apoio do clã presidencial, o discurso de AJJ é picante e engraçado, primeiro por empregar aa palavra «colaboracionista» que per si merecia um post mas também pelo «rabo pro continente»...

«Rabo pro continente» é interessante a expresão, uma vez que o mesmo se inclui no mesmo, se considerarmos o continente europeu como um todo, incluindo Bruxelas, principal pagador do Carnaval madeireense, contudo AJJ habilmente aproveita uma evidência para capitalizar futuro descontentamento, de Lisboa não é de esperar generosidade por isso mesmo acirrando o povo contra Lisboa e seus representntes locais se proclama a via Jardinista, uma intransigência dos interesses da madeira que não subsiste por conta dos maléficos senhores do sistema de Lisboa que centralizadores controlam com os seus tentáculos todas as acepções de vida do povo madeirense não fora o bom AJJ...


Engolirá o zé do burro da madeira isso?

sexta-feira, julho 28, 2006

«O Que la vai la vêm?»

Em primeiro lugar menção ao título, outro poderia ser igualmente feliz, pese muito embora ser um um plágio claríssimo de um sobejamente conhecido livro de JPP, «o nome e a coisa!»

Sendo hoje promulgada a lei da memória histórica em Espanha merece esta alguns comentários que peque serem na esteira de outros já aqui publicados servem de aditamentos a anteriores notas.

Notas soltas sobre o projecto, a Lei de Memória Histórica visa a concordia e reconciliação nacional, estabelecendo a este respeito a várias faculdades:
i)obtenção de indemnização moral por danos ou situações ocorridas durante a Guerra Civil
ii)regulamentação do uso do vale dos caidos
iii)instauração de uma lista de símbolos proibidos e que devem ser retirados dos edifícios públicos, sendo o mesmo extensível a ruas e avenidas e outros marcos públicos.

Bem do Governo Zapata(ZP) a única coisa que se espera é uma derrota estrondosa nas urnas contudo a cruzada imbecílica de destruição da Espanha continua, em relação a fenómenos como Guerras Civis e suas consequÊncias humanas devem os povos responder com estudo, civilização educação e resignação. As coisas não foram bonitas mas os que representavam determinado espectro ganharam e outros perderam, a história espanhola deste período bem como do Franquismo enfermará sempre desta distorção, ou se gosta ou não se gosta, ou se está de um lado da linha ou do outro.

A vitória retumbante do Franquismo em termos militares e nos posteriores anos, incluisive a recuperação económica são factos que devem ser aceites, a lei da memória histórica nega a história, a natureza humana e o próprio bom senso dos povos.

Limpar ou passar uma esponja é indigno para a história de um povo, a história não é somente feita de conquistas e vitórias, de feitos de armas, mas também de seus momentos menos bonitos, de lutas e mortos, de ódios e de erupção interna... ZP e seus sicofantas pretendem contudo legislar sobre a história e os costumes, sobre o que aconteceu há cinquenta ou mais anos, sobre os mortos que cairam e sobre o que aconteceu.

Em qualquer guerra civil são feitos acertos de contas entre um povo, entre nobres e plebeus, entre girondinos e jacobinos, entre esquerda e direita, ou seja lá o que for, é como foi dito uma coisa feia mas assim foi e não podes fazer nada como diria o outro... Promover a concórdia e reconciliação passa não por desenterrar os mortos, os vencidos ou outros símbolos mas por estudar a história e entender como as coisas descambaram naquele momento por forma a que de futuro as coisas não se repitam, Espanha teve diversas guerras civis, fosse no seculo XVIII (1705) fosse no século XIX, fosse no século XX, importante seria pois compreender estas e suas causas, não tentar adjudicar reparações morais de secretaria ou de decreto.

Senão vejamos, a lei têm a perversidade de dizer que os que viveram e prosperaram no periodo p´so 1939 são beneficiários, se não parte activa na sociedade repressiva franquista etc e tal, em vez de instlilar concordia lançara a todos os deserdados e descamisados uma desculpa para culparem a sociedade pelos seus males e desgraças, à maneira de 1974 por cá. Tristemente na mentalidade esquerdista há sempre um repressor e um reprimido, um rico e um pobre, etecetera, essa gente enferma desta mentalidade ao ver o que quer que seja, um preconceito , um recalcamento, quereis mais, pois a isso vamos então...

Igualmente proibe a lei o uso de simbolos conotados com Franco, seu regime, ou de comemorações em locais públicos da sua morte a 20 de novembro de 1975. É asim mesmo que se capitaliza a estupidez, contra meia duzia de saudosistas, não se entende como dentro da DEmocracia espanhola não há local para todos, somente para os injustiçados e os oprimidos, os que buscam um ágio moral que julgam a sociedade não lhes quer dar...

Errado pois ZP e outros têm é um sincero mau perder, porque perderam a Guerra, porque o povo essa grande coisa que pariu um rato nunca se levantou contra o Franquismo, porque as coisas não lhes correram de feição durante anos e porque a memória histórica lhes deve ser favorável e passar uma esponja pelo que sucedeu antes e durante a Guerra Civil e o período subsequente no qual bem ou mal pagaram pelos seus erros. Parece duro, tudo bem admito, especialmente porque a esquerda perdeu e a direita venceu tudo bem, contudo não é despiciendo de sabedoria que o povo diz : «O que lá vai, la vai...»

ZP pretende ressuscitar a coisa e trazer a justa reparação por decreto, não é por acaso que esta deve ser feita pelos povos individual ou colectivamente, não por um governo que embora sob a legitimidade do número não goza de poderes sobre os tempos e sobre eventos passados. Sacudir a lata de coca cola nunca trouxe bons resultados, pelo contrário...
A proibição de símbolos é absurda, porque aqueles que ora já foram símbolos legítimos, porque não exortar o Salazar ou o Franco, o Buda ou o Lenine, ou seja lá quem for que as façam, eu por cá passo ao lado disso, os limites de democracia são uma conversa para outro dia, contudo votar a história ao sabor das conveniencias políticas ou de efemeras maiorias é algo demasiadamente ignorante até porque ignora uma coisa fundamenteal numa sociedade ou cultura, a perenidade de valores, a continuação e a subsistência da cultura e da história, já era tempo de saberem...

Se alguem leu ate agr parabens tem mais paciencia q eu julgo.

quinta-feira, julho 27, 2006

Uma singela pergunta

O Hezzbolah têm mísseis com alcance superior a 120 km e capazes de lançar mais de 140 kg de explosivos a esta distância, será que a comunidade internacional se preocupa com este facto? De onde vieram? Pra aonde vão é fácil!!!

Infelizmente a conscienciosa comunidade internacional ou seja os literatos pseudo intelectuais do costume nunca queimaram um neurónio com esta questão... fazem mal!

Patuscada às 20h 30m?

De acordo com notícia do jornal "Público", e que podem ler aqui, parece que o actual Ministro dos Bombeiros, Incêndios e Polícias, andava a jantar com investigadores da Polícia Judiciária, inclusivamente o seu director, antes do caso casa pia vir à tona, fazendo referências a colegas do PS.

Pergunta: Será que ninguém neste país se dá ao respeito?

Se perguntou, quer dizer que sabia. Se sabia, quer dizer que existiam factos graves que tinham de ser escondidos. Se existiam factos graves, significa que alguém os praticou. E quem os praticou tinha ligações ao PS.

Ora olhando para o actual banco dos réus, verificamos que nenhum dos presentes tinha ligações ao PS, muito menos ao Ministro dos Bombeiros e etc.

Deixo aos caros amigos internautas (amigos apenas), a conclusão desta história, que, à luz das escutas que vieram a publico na altura, parecem fazer agora, todo o sentido.

Anúncio salgado!

Recente campanha publicitária do BES só mesmo num país no qual as aparências e os juizos rápidos são tidos como "normais", senão vejamos, o anúncio, um qualquer jovem entra em casa de amiga/affaire colorido/engate da noite/whatever pela primeira vez.

A madame Cila abrindo a porta de seus aposentos lá acolhe o seu principe, deixando-o à vontade passear pela sua humilde casa de 500.000€.

"Romeu" passeando pelos passos brada: Cilaa!Cilaaaaaaaaaaa!

Ao mesmo tempo que pensa para si próprio, avaliando o imóvel, ou tem pais ricos ou foi ou BES!

Que alternativa diabólica!

Seja como for saiu-lhe a sorte grande, uma vez que alternativamente a Cila é uma rapariga com belos dotes(para além dos materiais) ou seus país são detentores de um belo património, inclusive o mencionado imóvel. A terceira hipótese, ter ido ao BES aonde com enorme generosidade e coincidente com o magro salário da "Cilinha", ter a generosa, como todas, instituição bancária ter feito um empréstimo a 300 anos com spread de 0,0000001% e prestação mensal de 20€ para que a Cilinha seja feliz.

Há ainda uma quarta hipótese, a Cila ser dona de um prostíbulo e usar os fartos rendimentos por forma a comprar o referido e amplo imóvel de 300 m2... Deixemos esta de parte uma vez que a Cila parece ser boa rapariga, contudo...

Seu Romeu das duas, ou é um pobretanas invejoso dos "pais ricos" da Cila, ou procura casamento por conveniencia, compensando assim tanto flirt à noite, apanhando finalmente, qual Casanova na sua teia de paixões laboriosamente urdida uma rica herdeira ou proprietária.

A hipótese de ir ao BES exponencia somente o facto do "peixinho" da Cila ser ainda mais perverso e torpe, ou seja que a Cila é uma tesa e andamos todos a viver acima das possibilidades por meio do crédito sendo a Cila mais um produto português de andar montado em belos carros e casas a par de individamento até aos netos...de seus netos...

Ah grande BES! Ah fresca Cila!

Oh pequeno pais!

terça-feira, julho 25, 2006

A história do Avozinho

O poeta Alegre, Manuel Alegre para os amigos, foi director de texto para a RDP logo após o 25 de Abril.

Rezam as crónicas que, durante os largos 3 meses que lá trabalhou, nunca se ouviu e leu tão bom português na história das ondas hertzianas portuguesas.

Findo esse periodo longo, o nosso poeta enveredou numa já longa carreira política, onde nunca foi outra coisa senão deputado... trabalho árduo...

Nem sequer membro de uma comissão parlamentar de relevo... apenas deputado.

Minto! Apenas deputado não! Poeta... dos melhores da língua portuguesa de acordo com o Ministério da Educação, uma vez que já se estuda os seus versos revolucionários na Escola Secundária. E candidato à PR, onde lutou contra os cadidatos do "Sistema".

Hoje, já cansado de tanto labutar pela revolução em movimento, recebeu uma carta.

"Parabéns pá. stop. Ganhaste uma pensão de 3.000 por mês até ao resto da tua vida.stop. E por não fazer nada durante três meses. stop. viva a revolução. stop"

Realmente, a vida de poeta é árdua...

O sistema deve ser combatido... SEMPRE! bom... sempre não. Excepto se beneficiarmos dele.

P.S. Diz Alegre para se defender que "Não pedi nada" e que "é legal". Curioso. Foi o mesmo que criticou a pensão de ex-primeiro ministro do actual PR durante a campanha?? NAH! não deve ser...

Exames, igualdade e fraternidade...

O ministério da educação para o desemprego já nos elucidou que as recentes provas do 4º e 6º ano são somente de aferição. Ao mesmo tempo as dos 9º e 12º ano têm uma baixa ponderação nas notas finais ou de candidatura à universidade.

Obviamente que deveria causar espanto e também uma profunda discussão pública acerca da importância dos exames e seu papel na vida dos alunos. Exames sim, mas somente de aferição do Estado de coisas, o que interessa que metade dos alunos não te tenham positiva em exames do 4º, 6º e 9º ano?

Rigorosamente nada, ou seja de acordo com standarts definidos pelo Ministério metade dos alunos não demonstram ter conhecimentos mínimos em matérias como português e matemática, boa parte dos professores não conseguem fazer o seu trabalho com competência, ou seja ensinar, e o sistema de ensino limita-se a deixar os alunos passar de ano para ano, pois o que interessa é uma escolaridade mínima, mesmo que não saibam fazer contas ou escrever duas linhas de português...

È a já costumeira deriva igualitária esquerdista, ou todos burros ou todos com canudo, chumbar são coisas repressivas e fascistas. Pensar e exprimir-se também...

Belo serviço que se presta à Nação... Interessa é passar e obter o canudinho, se mais tarde o destino será o desemprego, aliado a uma enorme frustração pessoal,polvilhada com a já lusa ignorância, tanto melhor, o Estado que os educou, o Estado que os empregue um dia mais tarde...

Esclarecemos pois, a deriva é igualitária pois não interessam as capacidades, o prémio aos melhores, o reconhecimento em provas iguais e com os mesmos critérios de avaliação que uns e outros têm capacidades diferentes e que, imagine-se senhores nem todos têm vocação para uma licenciatura ou mesmo para a escolaridade completa. O raciocínio parece crú e mesmo desumano contudo é bastante mais justo que o presente sistema, atribuir qualificações indiscriminadas a todos é simplesmente condenar a maioria a uma vida de baixos salários e más qualificações, bem como à precariedade laboral uma vez que o número é sempre mais forte que a qualidade... Tão simplesmente isso, o nível salarial é baixo por cá pois as empresas habilmente sabem que há um superhavit de licenciados, bons ou maus não interessa uns quantos bons têm sorte, os maus condenados a uma existência precária pululando entre baixos salários e vínculos laborais sempre efémeros...

Resultado os bons e maus são engalfinhados num mercado de trabalho distorcido pela lei e pela cunha... Bonito serviço!

Quantos bons licenciados se encontram em todos os cursos anualmente?

Um dos objectivos de um sistema de ensino deveria ser sim formar de acordo com as vocações e capacidades dos alunos, exames provas psicotécnicas e demais elementos de avaliação são sempre bemvindos, os resultados poderão ser crueis e se calhar nem todos, filhos de ricos ou pobres não são orientados para certo percurso escolar, contudo caberia ao sistema orientar os mesmos nesse sentido, não tratar os mesmos como animais de engorda que depois de pastarem pelos estábulos e prados que são as escolas são simplesmente carne para o matadouro que é o mercado de trabalho.

Espanta-me em todo o caso que do léxico do Ministério da Educação não constem palavras como "vocação", "talento" etecetera....

segunda-feira, julho 24, 2006

Educação: Exames ou Auditorias?

Na sequência da notícia de hoje, onde Ministra da Educação revela uma necessidade imperiosa para colocar exames de aferição na quarta classe e no sexto ano, resolvi apenas lançar uma questão.

Qual a razão para a colocação dos ditos exames?

Esta pergunta, embora pareça redundante e irrelevante é talvez a questão mais importante no sentido de revelar o funcionamento psicológico dos nossos governantes em particular da nossa Ministra relativamente à educação.

Ora bem, de acordo com as suas declarações, parece que estes exames têm como objectivo avaliar o “sistema”.

Pois bem… as crianças fazem exames para avaliar o “sistema”. Faz lembrar os relatórios dos simpáticos homens da Liga de Clubes às arbitragens realizadas… no fundo também querem avaliar o “sistema”.

Se os exames não são para avaliar as crianças para que servem?

Os exames tem relevância para determinar aquilo que as crianças, sujeitas do ensino, sabem ou aprenderam durante um ano ou um conjunto de anos, fazendo a selecção daqueles que estão preparados para continuar e aqueles que não têm ainda condições para o fazer.

Ao mesmo tempo, avaliam bons e maus professores. Mas são a vida das crianças que estão em jogo.

A estas provas tem de ser atribuída uma determinada percentagem, que, em conjugação com as médias dadas nos primeiros quatro anos de ensino, deverão permitir a passagem do aluno.

Aliás, esta percentagem devia ser razoável e não aquilo que acontece hoje no 12º ano, onde o exame final vale 20% do restante, permitindo notas marteladas em colégios privados.

Se estas “provas de aferição”visam avaliar o “sistema educativo” então continuaremos a ter pessoas que ao fim de anos de ensino, nunca leram um livro, não sabem escrever etc, repercutindo-se estas falhas em todas as outras cadeiras relevantes.

P.S. É esta ideia igualitária de esquerda, onde os exames servem para avaliar os serviços e não as crianças, que temos as notas que temos no 10º 11º e 12º.

P.S. Sra. Ministra não confunda provas de aferição com auditorias aos serviços e avaliações aos professores.

A lógica da batata!

Erradamente designada por "Guerra" pelos mass media nacionais, operações militares no Líbano levadas a cabo por Israel continuam a bom ritmo, intercaladas com salvas de mísseis enviadas pelo Hezzbolah.

Estado de Guerra pressupõe hostilidades declaradas entre dois paises soberanos e assim reconhecidos pela comunidade internacional. Ora e maugrado o que muitos gostariam não existe guerra pois o Líbano não é em plena acepção um Estado. Dentro do Líbano existe outro estado, o do Hezzbolah que impunemente detém em concorrência com o Líbano o monopólio da força e outros privilégios que assistem expressamente a esta figura do direito internacional.

Ente este que, a título meramente exemplificativo, ao contrário do que mandam as regras da guerra se esconde na folhagem que é proporcionada pelos civis, ente que lança os seus projécteis indiscriminadamente e sem qualquer aviso ou alvo sobre as cidades de Israel, ente financiado por países limítrofes como a Síria ou o mais longínquo Irão a despeito de todas as convenções internacionais ou prácticas aceites...

Ora o que acontece no Líbano não é novo, nem sequer recente, dura desde sempre, desde o dia em que algum o "mundo árabe", seja lá o que isso for, uma vez que por maioria de razão o mundo ocidental deveria ser referido como o "mundo cristão", uma vez ambos os conceitos assentam numa partilha comum de valores religiosos e sociais, decide de forma aberta e impune apoiar o terrorismo contra Israel que para os mesmos mullah e ayehotollahs não têm sequer o direito de existir.

Ora o que seria de esperar de qualquer estado, combatesse o Hezzbolah aondeeste se situa, se o Líbano não têm capacidade para tal então cabe aos estados ameaçados, ao abrigo do seu direito de legítima defesa proteger o seu povo.

Ora Israel contudo, não goza dos mesmos direitos que os outros paises no crer de muita gente, ora quando os terroristas lançam ataques indiscriminados são azares, fenómenos sociais, choques de civilização ou tretas(como dizia P.Pereira) correntes para justificar o terrorismo, se for Israel que de forma pública o faz, utilizando armamento "inteligente" aí os critérios são outros, bem como os humanismos, devendo ser o imperativo de qualquer pessoa render-se as evidências dos "algozes"judaicos do tio sam contra os heroícos terroristas do Hezzbolah!

Reduzir o problema a isto é no mínimo absurdo e só numa mente ignorante e perversa encontra respaldo ou mesmo compreensão.

Operações militares, por mais inteligentes que sejam não são coisas agradáveis mas são necessárias por vezes para enviar sinais politicos claros e inequívocos, se a Síria ou o Irão enveredarem pelo caminho de ameaçar Israel já sabem o que os espera.

Recentes declarações de Damasco avisaram o Governo de Tel Aviv de que implicará guerra uma ocupação do Líbano, ora em caso algum Israel irá por este caminho, não por medo da Síria ou do Irão mas sim porque os limites estão traçados, a acção visa punir e aniquilar a capacidade operacional do Hezzbolah, não ocupar o Líbano.

O sinal sírio é claro, podem partir o Líbano á grande e à francesa, bem como as organizações terroristas que por ai pululam com uma condição não o ocupem, a coragem síria salta á vista e tareias como as que por diversas vezes apanharam desde a fundação de Israel não são para repetir...

Enfim, o Líbano continuará miserável, uma vez que a Síria e o Irão continuaram a patrocinar franchises de terrorismo, ao mesmo tempo que Israel se defenderá à mínima ameaça externa sobre os seus civis, é a lógica da batata!

Interessa somente ter olhos na cara para ver quem se defende e quem patrocina o terrorismo que se esconde impunemente entre civis...

sexta-feira, julho 21, 2006

Os funcionários do Monstro

Em tempos, um reputado economista e anterior primeiro ministro de um país, escreveu um artigo de jornal. "O Monstro", assim se chamava.

Era um artigo metafórico, que chamava a atenção dos políticos com responsabilidades na altura, para o crescimento exacerbado do Estado. Os funcionários públicos excessivos e desnecessários alocados nos mais diversos institutos públicos. AH... e as Camaras Municipais e regiões autónomas. Sorvedouros de dinheiro do erário público que apenas serviam, nas palavras desse reputado ex-primeiro ministro, para construir poli-desportivos em freguesias com 20 habitantes.

Entretanto, já mudamos de governo duas vezes, e o ex PM e economista chegou a Presidente da Republica. Mas ao contrário de atacar os problemas que o colocaram nessa posição, optou pela Inclusão e pela luta pela pobreza e a aprovação da lei de procriação medicamente assistida (lei inconstitucional e aprovada quando existiam 80.000 assinaturas que pediam um referendo sobre a questão).

Ou seja, temos um PR que se esqueceu dos tempos do Monstro.

E esqueceu-se porquê ?

Em primeiro lugar, porque o Monstro anda aí (qual Santana Lopes). Todos os dias engorda mais um pouquinho, com mais gente a entrar e menos gente a sair (até porque depois do que fizeram no calculo das pensões toda a gente ficou a perder dinheiro). A teoria de Sócrates na campanha eleitoral (1 por 2) há muito foi esquecida, e o Estado já tem mais 10.000 funcionários públicos do que tinha.

E para quê? Para fazerem o quê?

O esforço meritório e essencial de desburocratizar o Estado e torná-lo amigo das novas tecnologias é oposto à contratação de mais funcionários públicos. Se é preciso menos papel é preciso menos gente. Aritmética simples!

O Ministro das Finanças ao anunciar com gáudio, que o Estado tem cerca de 580 mil funcionários está a ser cruel. Dizer que com a mobilidade dos mesmos e a lista dos supra numerários o Estado vai emagrecer é pura demagogia. Vai mais uma vez prejudicar a sociedade.

Como é possivel manter na folha de pagamentos do Estado pessoas que eram professores e que vão preencher fichas para Freixo de Espada à Cinta? Ganhando perto de 50% menos do que ganhavam? Não é isto votá-las ao abandono?

Não seria mais sério tentar rescindir os contratos dos funcionários públicos mais velhos (que todos conhecemos de idas aos ditos institutos ou ministérios) e fazer uma real acepção de que funcionários são efetivamente precisos?

Mas, o que diz o nosso PR relativamente a esta questão?

Nada. Continua sem falar, sem pressionar o Governo a tomar as acções (impopulares) que tem de tomar, sem promover a reforma da Constituição, base eleitoral da sua eleição e instrumento fundamental para o nosso progresso.

O monstro está aí, e o seu tratador também.

Cuidado.

P.S. Façam um exercício. Entrem neste site e deliciem-se com os institutos públicos existentes em Portugal.

Digam o que era preciso ser feito...

quinta-feira, julho 20, 2006

A oposição!

Acredito que qualquer primeiro ministro neste pais deve viver arrepiado num constante sobressalto e aflição, a oposição neste pais é à falta de melhor termo implacável. Ora genialmente o PSD pede a demissão da ministra da educação por conta do «escândalo» dos exames nacionais.

Ora esta e outras oposições neste pais são implacáveis, parece que foi a ministra que fez os exames e os corrigiu, para os iluminados políticos deste pais a única consequência para qualquer problema implicará a demissão do ministro, ora o ministro está cansado, Demita-se! Ora acontece um problema informático com listas dos professores, Demita-se! O professor Marcelo acusa, Demita-se! Ao mínimo erro é sempre a demissão a consequência da oposição para certos actos...

Demita-se! Demita-se! Demita-se!

O raciocínio ora singelamente aplicado ao absurdo, desde gaffes de vocabulário a problemas de software e multiplicado ao infinito, como na célebre oposição Ferro Rodrigues na qual o mesmo potenciou um belo show demitindo-se ele próprio insatisfeito com uma decisão do PR.

A credível oposição bolina ao sabor dos leads noticiários e do tempo de antena dado pelos media a determinado assunto, mais de 10 minutos no telejornal... Demita-se! Meia dúzia de pés rapados ululantes e estupidificantes bramindo impropérios sobre algo,Demita-se!

Ora o síndroma cujo nome não ocorre passa pela diluição completa da responsabilidade níveis médios e inferiores, os professores que, neste e noutros casos realizaram o exame, a comissão revisora etc... Não na mente torpe de muita gente não há meio termo, Demita-se pois! Aproveitando o vox populi, e se fosse 1º Ministro? Obviamente demitia-o!

Neste pais aparentemente só há uma pessoa aos serviço do ministério da Educação, o minstro pois bem... Óbvio que a caricatura é absurda mas ilustra a sofreguidão com que as oposições sucessivamente se debatem ou seja a de que para ter a atenção dos media ou dar uma sensação e vigor é necessária a chamar a atenção por intermédio de actos espúrios e inconsequentes. Quem começou primeiro não interessa, no entanto o estilo de oposição é sempre o mesmo, na oposição os virtuosos, rectos e sempre vigilantes e implacáveis, no Governo que nem rochas inamovíveis e firmes que nem granito pois as queixas, sejam elas qual forem são os brados costumeiros de uma oposição que quer ser Governo e atinguir o «Poder».

Quem agradece, o mexilhão e a classe média que anos fio ora endossam uns ou outros, nunca se vendo como responsáveis pelas suas escolhas ou pior como em certos casos nunca respondendo pelas suas ou insucessos permitindo-se culpar terceiros ou achar que um estado de coisas não é com eles!

As lógicas profissionais da política são básicas e mesmo entediantes para não dizer estupidificantes...

quarta-feira, julho 19, 2006

Há com cada figurinha!!

Retirou-se hoje do DN on line a seguinte pérola sobre o impacto do novo casino de Lisboa no Parque das Nações:

«Paula Brito é uma das muitas funcionárias do Centro Vasco da Gama - situado a poucos metros do recente empreendimento da Estoril-Sol - que não tem mãos a medir. Atrás do balcão do quiosque/cafeteria, ora tira cafés, ora serve bolos, ora oferece um copo de água, ora faz uso da máquina registadora. Ultimamente, "é assim todo o santo dia". E garante que o "culpado" é o casino, "que trouxe mais gente ao centro"

Vai trabalhar malandra!

Estado da Nação

Os meus caros leitores irão desculpar-me pelo atraso deste post (ou não), mas ele demorou mais tempo do que o habitual a maturar...

E realmente o tema é interessante: o Estado da Nação.

Para qualquer pessoa que tenha observado o debate público na AR e fora dela, verificou que foram elencadas um conjunto vasto de medidas estratégicas tomadas pelo actual governo, que merecem a concordância de grande parte dos comentadores e pensadores políticos da nossa praça, para não falar de 44% das pessoas (de acordo com os últimos estudos).

No entanto, e uma vez que um bom marreta é sempre um pouco teimoso, tentei passar fora desta análise de mercearia, do deve e haver, para pensar se, em termos estratégicos, Portugal tinha encontrado um caminho, resolvendo os seus males estruturais.

Receio que não.

É claro, e ninguém o nega, que o Governo tem actuado bem em áreas tão dispares como a Educação ou as Finanças. O fim do concurso dos professores bem como o alargamento do periodo de aulas foram boas e importantes medidas. Por outro lado, o cruzamento de dados entre a Segurança Social e as Finanças foi fundamental para proceder ao combate (necessário) ao défice.

Mas passado um ano e meio, o que podemos observar?

- Fim dos regimes especiais de Segurança Social e Saúde de inúmeras classes de trabalhadores da função pública. PROBLEMA: com o pretexto de terminar com benefícios colocou-se no mesmo patamar alhos e bogalhos. Já para não falar que se aproveitou o pretexto para fazer um ataque cerrado a todos os outros, na reforma de segurança social. Hoje sabemos que quem está com 40 anos, vai ver a sua reforma diminuida em 25% (média!).

- Fim do concurso dos professores. PROBLEMA: Existe falta de professores em grande parte das escolas uma vez que o concurso não teve em consideração as necessidades que iriam ser criadas com as alterações curriculares propostas pelo Governo. Agora o M. Finanças não deixa contratar individualmente (e bem... senão era o granel).

- Plano Tecnológico. PROBLEMA: 3 directores depois e um ministro que não sabe o que diz e o que faz, entra uma empresa e saiem 4. O ministro não tem culpa do capitalismo ser assim, mas se assim é, devia compreender à priori as suas limitações e não apresentar projectos megalómanos que são irrealizaveis.

- Impostos. PROBLEMA: Embora o Estado necessite de receitas para cobrir o défice, optou por aumentar um imposto com profundo impacto na vida económica do país (uma vez que somos maioritariamente um país de consumo) o que afogou o tecido económico em dificuldades durante um ano e meio.

Resumindo:

Não tendo em consideração que o Governo foi eleito com uma base eleitoral que, nem de perto nem de longe, suportava estas medidas (aumento de impostos, fim dos privilégios da função pública etc), o Governo promoveu as medidas, e ganhou, uma vez que o Povo (estupido como sempre) comeu a necessidade imperiosa de todas estas medidas.

O que podemos dizer com certeza, é que algumas destas medidas são meritórias mas profundamente injustas.

- Porque é que uma pessoa que se reformou agora tem direito a uma pensão superior em 20% daquela a que uma pessoa que se reformará daqui a 20 anos. Devia ser essa carga suportada pelos dois? E não podemos discutir a validade de afogar as pessoas em descontos e impostos sem lhes permitir recorrer ao sistema privado, possibilitando uma maior rentibilidade potencial?

- Tratar os polícias, militares e juízes da mesma forma que os médicos, professores é desconhecer a importância e valor dos primeiros face aos segundos. Todos são funcionários, mas uns arriscam a vida por nós.

- A forma de anúncio dos novos investimentos visa mostrar que o governo vive, e não que o país é um bom local para investir. Continuam a não haver facilidades para investir em Portugal. O facto de constituirmos uma sociedade na hora, com firma etc não faz esquecer o facto de precisarmos de pagar "luvas" para obtermos licenças em tempo útil.

P.S. Para os mais atentos, resta apontar o Estado da Oposição. Numa palavra: INEXISTENTE. Não basta dizer que o Governo promove mas não faz. É preciso dizer o que se faria.

Foi isso que Pedro Santana Lopes fez nas eleições, e por isso perdeu. Veio-se a verificar que tudo o que disse que faria, o seu adversário e actual PM fez. Segurança Social, Educação etc.

Se PSL seria mau primeiro ministro? Não discuto. Provavelmente sim. Mas defenderia um projecto. Não estaria a governar com o projecto do vizinho.

Arame farpado e fossos!

Hoje o DN dá enorme destaque à continuação da perda de quota de mercado das mercearias, aliada à quebra de quota também dos hipermercados. Em contrapartida os supermercados que face ao boom dos hipers adoptaram novas estratégias de desconto e procura de clientela, bem como melhoraram paulatinamente a qualidade de serviços, factores que evidenciam e sustentam esta franca recuperação, aproximando-se das grandes superficies.

Entrevista a um responsável do lobby das mercearias, "culpa" os supermercados e a estratégia seguida por estes como responsáveis pela quebra e quase aniquilação do comércio dito tradicional. Comércio tradicional é um conceito vago e indeterminado que muitas vezes não se compadece com os dias de hoje, os seus acólitos devem viver noutro mundo. Nos últimos 20 anos a estrutura do comércio alterou-se profundamente e para melhor, a título exemplificativo salientamos não apenas as novas, mais variadas e crescentemente exigentes necessidades dos consumidores, a mudança nos hábitos de higiene, maior diversidade de produtos disponíveis e a facilidade de deslocações, que levam a um alargamento da escolha do consumidor, felizmente leia-se.

Enfim são evidências mais ou menos pacíficas, contudo há sempre os iluminados que entendem preservar e incentivar o comércio tradicional. Medidas como encerramentos dos hipers ao domingo e outras são acompanhadas por fátuas campanhas publicitárias que nos tentam convencer dos méritos daqueles pequenos botecos com o "velho amigo merceieiro" detrás do balcão. Verdade seja dita que em alguns bairros uma merceria dá um ar pictoresco e mesmo simpático contudo em mais de 20 anos o que mudou no comércio tradicional?
Sinceramente sou de opnião que um merceeiro não é amigo de ninguem mas em bom rigor, as lojas continuam sujas, o cardápio de produtos continua mínguo e os preços superiores aos praticados pelos outros sectores.

Que mais valia aporta o comércio tradicional ao consumidor?
A ponta de um corno! No entanto insistem os de sempre atribuir as culpas do a estes ou aqueles...

Tristemente não se aperceberam esses que a culpa é só de uma pessoa, do consumidor que racional dentro de certos limites e num mercado mais ou menos livre e variado não hesita em tomar a melhor escolha em termos de preço, variedade, higiene e horários. Pois a culpa será certamente do capitalismo, do Adam Smith e da mão invisivel,da Globalização e dos nefandos Belmiros e outros que "acabaram com o comércio tradicional". E o comércio tradicional esse sim, baluarte de valores e virtudes da vizinhança, eixo transversal de boas práticas e simpatia em 20 anos nada mudou somente envelheceu e certamente acabará mercê da concorrência.

Numa guerra dura e sem quartel o comerciante adoptou a técnica da trincheira, levantando arame farpado e fossos, colocando minas e mantendo-se inalterável ao passar dos tempos esperando que o consumidor aceite passivamente ser pior servido. Nós por cá apostamos que a estratégia é fadada à derrota, das duas uma ou mudam, ou fecham, não há meio termo.

Eu por mim se fosse comerciante tradicional apostava na mais valia específica e transformava a sebenta mercearia numa sofisticada loja Gourmet apostando aí numa estratégia de simpatia e atenção específica às necessidades do consumidor, uma estrategia mais a moldes do armamento inteligente!

terça-feira, julho 18, 2006

Mais uma data!

Passando 70 anos sobre o pronunciamento militar espanhol que marcou o início da Guerra Civil espanhola, o sempre oportuno Zapatero decidiu preparar o caminho para a aprovação da lei da Memórica Histórica, com o intuito de ressarcir as vítimas de ambos os lados do conflito,e as da ditadura franquista que se lhe segiu. A esta voltaremos no final, até porque aqui é que começam as divergências, no início, para uns a II República Espanhola era um farol de democracia e liberdade, com o seu governo de frente popular amalgamando PSOE, comunistas e outras forças de esquerda. Para outros um regime proto-democrático que quando produziu uma coligação de direita nas urnas se tratou por via de agitação nas calles de sufocar.

Não vamos aqui discutir a II República Espanhola somente salientamos, não sem despicienda ironia que nas greves e tumultos de 1934 nas Astúrias e subsequente alastramento a outras províncias mais proletária se recorreu sem pejo às armas do exército de Marrocos para a controlar, com bastante violência ganhando assim o Exército de Marrocos a temível reputação que veio a confirmar pela serra de Guadalajara.

Questionamos pois a nefanda intempestividade histórica do mesmo, a Espanha encontra-se em momento de discussão da sua orgânica interna, o separatismo e as forças nacionais encontram-se em plena expansão, ora que sentido fará lançar sal numa ferida profundíssima? Os costumeiros ranchos folclóricos da esquerda apreciam-na é obvio a lei apoia as vítimas da feroz ditadura franquista, invertendo assim o outcome da guerra, os vencedores passam a vencidos e vice versa...

Um dos erros comuns ao analizar um conflito civil no qual intervêem várias potências internacionais é precisamente pesar demasiadamente o seu papel, ignorando assim a pior e mais grave realidade latente a qualquer conflito deste género, a luta fractricida entre irmãos, familiares, amigos, vizinhos, conhecidos ou somente espanhois, habilmente Hitler e Estaline meteram a sua colher no conflito apoiando cada um o lado com o qual teria as maiores afinidades ideológicas.

Curiosamente em '36 as purgas soviéticas estavam de vento em popa, a luta entre a velha guarda bolchevique predominantemente trotskista e a linha estalista, que alinhando do mesmo lado da barricada se entreteram a lutar entre si manipulando-se entre si ou afrontando-se com mortos como sucedeu em Barcelona em '37, terminando numa purga servida pelos "conselheiros" soviéticos.
A incompetência comunista na condução da Guerra foi possivelmente um dos principais motivos para a derrota. Estaline, frio e calculista nunca deverá ter vertido uma lágrima pelos irmãos vermelhos tombados nos campos de Espanha até porque estes serviram os seus interesses, ou seja limpou-se boa parte da poeira trotskista. Pena que os comunas quando falam da Guerra Civil de Espanha nunca contem estas aventuras de lutas internas e repressão como a morte de Nym, preferindo claro demonizar e hiperbolizar a intervenção alemã, italiana e até portuguesa, tal é o trauma.
Sem querer desenvolver este ponto excessivamente não podemos deixar de salientar a astúcia de Estaline que se serviu do conflito, bem como da ingenuidade de Largo Caballero e outros dirigentes republicanos. Igualmente não podemos deixar de sublinhar a natureza de camaleão de Franco que usou de forma muito mais hábil o seu apoio externo, nunca consentindo em que conselheiros do Eixo dessem ordens a não ser nas suas tropas ou conduzissem campanhas, alias lição dura aprendida pelos italianos quando muitas vezes por ordens de Mussolini lançavam ofensivas sem apoio espanhol e que salvo excepções logravam somente em engrossar o número de baixas, italianas claro...

Franco como bom espanhol nunca deixou que estrangeiros lhe metessem a pata em cima ou o manipulassem como marioneta...

Acabamos sempre a escrever sobre o que não queremos... Voltando à vaca fria, Zapata ressuscita a luta fractricida ao assinalar o dia de hoje, aquele dia em que há 70 anos infelizmente os espanhois tiveram de escolher um lado, a demarcação que havia começado antes conheceu a sua húbris de 1936, desde aí o caminho tomado só poderia terminar com vencedores e vencidos, com mortos e feridos, com hérois e presos políticos.

Ressuscitar em lei o pós 1939 é pouco são e demasiado ignorante para ser verdade, abrir essa caixa de pandora nunca é de forma inocente e visa somente um revanchismo primário cujas consequencias se conhecem. Estranhamente em Espanha, não se fala dosos efeitos da prosperidade económica, da falta de deficits ou de outras coisas que deviam fazer os nossos vizinhos felizes mas sim do crescente mal estar que perpassa a sociedade, dos nacionalismos e dos lados da barricada de '36 ou do resultado dessa luta. A lei para a memória histórica é um revisionismo abjecto e ignorante, comum entre os que ignoram a história, tentar limpar as mãos com dinheiros e indemnizações é perigoso, atribuir por lei vitórias morais também.

Parecendo simplista o melhor será encarar as coisas como elas são, que houve um conflito entre irmãos e que o mesmo não se deve repetir, como estudando-o de forma isenta(impossivel) e imparcial mas sempre com o propósito de o contar como foi, com atrocidades e sangue, mas nunca tentando impor uma moral, nunca especialemente tentando impor uma versão ou exonerar um lado de responsabilidades, arcando o outro com as responsabilidades e em caso algum premiando vítimas ou corrijindo a história. Os resultados da demanda de Zapatero serão desastrosos, por vezes o tempo é o melhor que pode suceder sobre eventos que não devem lavados, somente evitados e aprendidos!

A história dos conflitos civis demonstra claramente que não há vencedores nem vencidos, demonstra também que conflitos como estes são sujos e não nos permitem ser puritanos e dizer que uns e outros foram bons ou maus. A batalha Sr. Zapata terminou em '39, celebre pois a transição democrática consensual e outras coisas, não se pode por decreto escrever história e honrar os mortos uma vez que as coisas são como são e as forças motrizes do universo produzem calamidades como Guerras , especialmente as de indole civil...

segunda-feira, julho 17, 2006

Médio Oriente, Israel, terrorismo e seus mecenas...

Os que julgam que a presente escalada no Médio Oriente é algo de completamente inédito e nvo desenganem-se. Estamos perante uma situação de mais do mesmo ou mesmo do mais.
O mesmo, o Líbano, desde que Israel e a Síria estabeleceram um acordo de fronteiras resultante do pós-1973, guerra do Yom Kippur, a disputa entre ambos é feita em terra de nínguem, sendo que esta é o Líbano, vizinho mais fraco de instavel desde tempos imemoriais. A Síria pagando, apoiando e municiando grupos terroristas, Israel atacando os mesmos nas suas bases operacionais, normalmente no Líbano mas também na Síria. Se bem que ataques a solo sírio sejam rodeados de especiais cautelas dado a potencial escalada dai resultante até há poucos anos faziam sempre parte do catálogo de retaliações típicas.

Hoje contudo as coisas requerem mais cuidado e sensibilidade, não apenas porque ainda não houveram actos de agressão por parte da Síria, mas também pela extrema volatilidade internacional da zona, que aliada a uma alta nos preços do petróleo e a um Irão crescentemente hostil devem ser rodeados de especiais cuidados. Da Síria se espera o de sempre, apoío aos Hezzbolah's e outros, bem como um retórica ao anti-semita aliada às costas quentes que o Irão proporciona.

Curiosamente quando a retórica árabe é forte esconde-se sempre uma fraqueza por debaixo sempre foi assim, sempre o será é quase uma questão cultural. Prova, Israel faz gato sapato no Líbano com a passividade do Mundo Árabe. Os que se divertem a empolar esta crise são os mesmos que declinam responsabilidade em construtivamente ajudar a causa palestiniana que hoje, mais do que nunca conhece possibilidades de sucesso, dentro de um quadro mais favorável.

Curiosamente a raiz do problema é sempre a mesma, os palestinianos são o parente pobre e abandonado do médio Oriente, todos os países da zona os usam de forma a prosseguir políticas próprias, a Síria e o Irão de forma a exportar o terrorismo e cravar eternamente um espinho em Israel, o Egipto até 1973 também optou por usar esse povo em moldes iguais, conseguindo apanhar duas "tareias" na Guerra dos 6 dias em 1966 e mais uma vez em 1973, finalmente Sadat lá viu o óbvio que Israel é militarmente mais forte e imbatível nas presentes e futuras circnstâncias.

Israel, representa um espinho para todos os árabes? Não cremos, Israel é sim um incómodo pois lembra a todos que ganhou pelas armas o direito de existir, contra tudo e contra todos os vizinhos, isso só por si causa incómodo a muitos mullahs e ahaitollahs. Israel é somente um instrumento, um bode expiatório da corrupção pobreza, misérias e agruras dos povos árabes da zona. Israel é próspero por muitos factores, a sua sociedade é mais liberal e democrática, tolerante e livre. Onde grassa a corrupção, pobreza e miséria é nas Sírias, nos Líbanos, no Egipto e noutros países árabes que governados por oligarquias corruptas se apegam á existência de Israel e dos EUA como forma de demonstrar o seu insucesso. Não é por acaso que a estratégi Sharon estava a resultar, com erros e custos manifestos mas representanto a primeira hipótese de uma paz longa e duradoura a expensas menores para os Palestinianos. O controverso muro faz todo o sentido dentro de uma política de contenção, com eventuais custos sociais mas também realizado à custa dos colonatos que se foram instalando e desalojando a custo.

Os mecenas do terrorismo pouco querem saber do povo da Palestina, da sua prosperidade, educação ou desenvolvimento, para estes representam somente uma arma numa campanha contra um Estado forte que se instalou para ficar e que goza de apoío do Grande Satã Americano. É no fundo somente política, manietando ao mesmo tempo interesses próprios através de outros. Pergunta-se o que ganharam o Hezzbolah e a Fatah com esta parceria indissolúvel com a Síria e o Irão? E o que ganham estes estados com o fomento do terrorismo?

O jogo mudará quando o Irão for uma potência nuclear? Nada disso, Israel já o é há muito... O Irão quer somente igualar Israel e ganhar a vanguarda da luta Islâmica no Médio Oriente, precisamente a beleza dos arsenais nucleares é essa, são para mostrar , não para usar, a situação escalará mas não entornará.

Uma palavra apenas para o catalizador desta acção, o rapto de um soldado israelita, ora se a resposta não fosse a que o Estado Judaico está a dar qual poderia ser? O multilateralismo, pedir uma missão de observação do conselho da Europa?

Enfim, politics is politics, o resto fica pros Zapateros e Chiracs e outros amadores ignorantes...

sexta-feira, julho 14, 2006

A data de hoje!!

Celebra-se hoje no farol da civilização europeia e quiça mundial a quimérica tomada da Bastilha que marca o início da deriva demencial francesa que culminou na distribuição e exportação da guilhotina e do seu uso. A data de hoje é cinzenta, as luzes são baças e obrilho há muito se encontra ofuscado

O 14 juillet é uma data igual a tantas outras em França, país no qual os problemas se resolvem comumente pelas ruas e em que a racaille periodicamente se farta e deambula ao ritmo de destruição. Ora o 14/7/1789, unanimente proclamado pelos franceses foi mais uma convulsão social, propulsionada por más colheitas, fome e tributação excessiva para uns em detrimento do 1º e 2º estados. DE luminoso nada teve, as massas tomaram a Bastilha, prisão meio encerrada e conhecida por albergar os nobres quando eram caçados pelos seus credores e demais priviligiados, conta-se que à data se encontravam nos seus calabouços meia dúzia de indivíduos. Ora de glorioso o evento pouco teve e o que veio de seguida nada teve. Proclamação em Estados Gerais sim, a racional declaração Universal dos Direitos do Homem ror de aclamações iluministas meio decalcadas da Declaração de independência dos EUA em 1776. É curioso que o Estado mais absolutista da Europa tenha apoiado abertamente enquanto aliado a guerra de independência americana e mais tarde tenha sido vítima de seus ideias, sendo a cabeça de Luis XVI o penhor do mesmo. Pessoalmente acho que não, é política naquela altura a Inglaterra e a França moviam-se em vários tabuleiros pela supremacia mundial aí é um assunto morto.

Curioso é ser esta a data aclamada na europa como o fim do antigo regime e o delabar de uma nova era, para nós historicamente marcou o início de um longo declínio que terminou com a Guerra Civil de 1832-34(creio) e um empobrecimento paulatino desde então. A revolução francesa inicialmente moderada foi tomada pelos jacobinos, Robespierre, Danton, Marras e outras lumináias homicidas não apenas deceparam o clero e a nobreza como serviram de catalizador a movimentos nacionalistas contra o absolutismo ou casas reais reinantes. A revolução tão linda e cheia de princípios rapidamente deu seus frutos, o Directório e a Convenção e finalmente o Império, 1789 marca o início de um Estado de guerra e turbilhão na europa, entre 1789 e waterloo poucos anos de paz conheceu a Europa. A contínua devastação em terra e no mar não conheceu limites, centenas de milhar de homens e civis tombaram em campos de batalha, ou nos caminhos de passagem dos exércitos, as colheitas minguaram e a fome grassou. Bonaparte, hábil e conhecedor da tradição de Richelieu continuou a combater as potências da MittelEuropa, a Áustria e a Prússia, a It´´alia mais uma vez continuou a ser o campo de intrigas destas potências. Muito se destruiu, em vão?

Sinceramente creio que não, os princípios firmados valem no papel, perdem na práctica, curiosamente não apenas a revolução americana de 1776 mas também a revolução inglesa de 1688, Glorious Revolution, nome dado pela ausência de sangue firmaram princípios semelhantes. O absolutismo regio frânces era um caso estranho se comparado ao monarquismo constitucional britânico, que desde 1707 não demitira um primeiro ministro ao mesmo tempo que havi já estabelecido o Parlamento como orgão soberano legislativo, não foi necessário decepar a aristocracia para isso, nem colocar o corso no poder...

A gala e espanpanantes comemorações deste dia são assim o já costumeiro chauvinismo francês, o estarem à frente e pensarem que são melhores que todo o mundo, e que o seu umbigo é o mais brilhante de todos... Já se conhecem os franceses, nefastos foram os idos de Julho para Portugal que há muito havia consolidado a sua aproximação à Inglaterra, o repúdio francês pelos Bragança e Portugal, aliado à nossa anglofilia foram motivos que quase bastantes mais quase colocaram Portugal à beira do desaparecimento.

Ocupações e pilhagens, da qual a célebre conferência de Sintra foram o zénite acompanharam o início do século XIX portuguÊs. A perseverança, a união nacional, o sábio exílio da Coroa para o Brasil e a aliança britânica enquanto servia os seus interesses avalizaram a continuação da Pátria. 1789 é pois uma data mista, muito proclamou, muito decepou e muito pouco educou...
Enfim as palavras fugazes navegam já rumo ao fim de semana!

Israel contra o mundo

Há uns meses atrás, logo no início deste blog, escrevi um post sobre a 3ª guerra mundial que poderia emergir na situação do Irão.

Na altura, o Irão colocava-se numa situação altiva, desafiando as potências mundiais, afirmando o seu "direito natural" a procurar energias nucleares competitivas face ao petróleo.

Ao ver a escalada de violência, e uma guerra sem o nome em Israel, não posso deixar de pensar que tudo começou aí. É a posição altiva do Irão, bem como o seu patrocínio, que permite à Siria e à vertente armada do Hamas, promover ataques cirurgicos às forças armadas israelitas, obrigando a contra-respostas violentas e em grande medida algo despropositadas.

Qual a saída para a presente situação? Sinceramente não sei. Não se vislumbra capacidade para Israel parar estes ataques cirúrgicos, nem de conseguir libertar os soldados em tempo útil. Entretanto, os vários grupos terroristas patrocinados pela Siria e o Irão continuam a fazer ataques, lançar mísseis contra cidades israelitas e raptar soldados.

Na Europa, esse continente com tanta presença na cena política e militar internacional, rapidamente vieram condenar a actuação israelita.

Pergunto: Quando um bando de inergúmenos resolveu incendiar umas centenas de carros, houve uma comoção em França, perto de mês e meio de estado de sítio, enfim... tudo o que o Presidente Chirac se lembrou. E se estes inergúmenos tivessem bombas, raptassem militares ou polícias franceses? Tambem não actuariam com o "suposto" poderia militar?

Fácil condenar quando os efeitos não estão à nossa porta.

A missa de Zapata!

Parece que Zapatero esse grande estadista decidiu não assistir à missa celebrada em Valência por Bento XVI por ocasião da visita papal a Espanha. Os do costume louvam de forma desbraga a coragem, verticalidade e laicidade do PM espanhol. Lançando umas mechas à fogueira o então Porta voz do Vaticano decidiu dizer que nem Fidel teve o desplante de não assistir à missa celebrada por um Sumo Pontífice.

Ajudados por esta "borla" lá soltaram os acaimes os animais do costume, que postulam a boa laicidade republicana e demais ideias jacobinas, exortando que o tempo em que os papas destituiam os soberanos terrenos já lá vai e não deixa saudades. Coitados na ânsia de expor a ditadura papal só provaram a sua ignorância, ora e sem grandes desenvolvimentos esses tempos viram surgir a primeira instituição de direito internacional de arbitragem na história que pecando por não ser imune às pressões políticas e militares da época contava não só com o maior e melhor corpo de juristas à época, agindo o papa enquanto mediador entre os monarcas à época (período dos dois gaúdios do século VIII em diante até ao século XIII +ou-). Esses como vital moreira são os mesmos que defendem o primado do direito internacional e da ONU, ignorando profundamente a história. Enfim, para esses a vida começou com Marx e terminou em 1989 com a queda de um qualquer muro lá em Berlim, mas isso são pormenores, o AVC mental é já catatónico...

Continuando Zapatero não assistiu à missa e Fidel seja por que motivo foi... Uau!Deixemos a lista presencial e as motivações e aplicação de cada um para Nosso Senhor e chegamos à brilhante conclusão que... só vai à missa quem quer e quem vai não implica que seja melhor ou mais cristão ou seja lá o que for que o seu próximo... Grande novidade!

Vingança serve-se fria, fria...

Jornalistas e ex-agente da PJ acusados no caso Freeport

O Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) acusou, ontem, formalmente dois jornalistas e um ex-inspector da Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal, respectivamente, dos crimes de violação de segredo de justiça e violação de segredo de funcionário. As acusações reportam-se a factos divulgados na imprensa, em Fevereiro do ano passado, quando se insinuava que o actual primeiro-ministro e então ministro do Ambiente, José Sócrates, teria obtido contrapartidas financeiras para financiar a campanha eleitoral do PS a troco de alteração da Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo para que se pudesse contruir o empreendimento comercial Freeport, em Alcochete.

Podem ler a notícia completa em www.publico.pt

P.S. Brincam com o técnico da Camara Municipal da Covilhã... já se sabe o que acontece.

quinta-feira, julho 13, 2006

Porteiradas e patrioticas invejas!

Neste pais muito se gosta discutir patacos e patacoadas, a recente «polémica» que alimenta os folhetins e se prende com os «prémios da selecção» revela muito do nível do portuga e da sua ambição.

Primeiro os factos, erroneamente se refere a imprensa que o pedido de isenção é feito ao abrigo do artigo 13º do CIRS, lamentavelmente as criaturas, inclusive da federação esqueceram-se de consultar o referido diploma, a mesma isenção é concedida ao abrigo do artigo 12º nº5 para efeitos de rigor fica a nota...

Aliás a questão encontra-se mal exposta já que não se trata de uma isenção mas sim de um pedido de isenção, o preciosismo parece idiótico admito contudo o intérprete mais atento verá que os rendimentos em questão se encontram sujeites a IRS mas e por beneplácito governamental poderão não ser tributadas as receitas mediante o pedido. Enquanto que a isenção é estável e permanente, consagrada na lei e de concessão automática a situação sub judice é diferente, é um beneplácito casuístico...

Remeto para os fiscalistas a sua qualificação doutrinária mais acertada....

Continuando a conversa de mercearia e porteira que tanto agrada aos indigenas e se prende com quem ganha quanto, relembramos a letra da lei, que entre o costumeiro jargão jurídico alude ao conceito vago e indeterminado de «classificações relevantes» como fundamento ao pedido de isenção.

Sem menosprezar os demais argumentos, inclusive de fiscalistas, creio que «classificação relevante» é na minha opinião muito singela e crua somente uma, a vitória total, não entendo tanto festejo com um mísero 4º lugar...

Mísero digo eu, cá na terra há muitos que se contentaram com isso...É verdade foi uma valerosa, brava e indómita campanha mas em bom rigor o 4º lugar nem ao pódio vai.

Sinceramente e em boa verdade, uma vez terminado o buliço festivo crê o bom leitor que a classificação é relevante? Eu tenho por não, os «herois lusos» para mim são o Vasco da Gama e o Camões, D. João II e outros que não quiseram ser os quartos a chegar a lado algum. Nivelar pelo quarto lugar é baixo, reducionista e pequenino. O feito foi óptimo mas foi apenas um quarto lugar...

Ora infelizmente os régulos nativos inclusive o ministro das finanças não tiveram coragem de o salientar, o Eng. Socrates mais a banda mais larga o choque mais tecnologico também não, atiraram logo pra porteirada, inveja costumeira e luta de classes ou prosélito e lusitano fado dos pobrezinhos e da constituição socialista das desigualdades.

Aproveitando a argumentação do Dr. AOC não o fizeram precisamente porque costumeiramente os politiquitos andam a reboque da foto barata, do futebolês, dos craques e das bandeirinhas, pois é isso também têm um preço.

Curiosamente ainda nao ouvi as doutas palavras do professor marcelo a respeito deste assunto, mas que espero com ânsia.

Acordem-me quando ganharem alguma coisa.

Portugal e o Português

1. Quanto ao pedido do Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, relativamente à isenção de impostos do prémio do Mundial tenho a reafirmar dois pontos (à praça do Bulhão):

(i) "Quando é pós políticos irem lá utilizarem o futebol para ficarem conhecidos vale tudo, e agora que eles querem uma borla devem ser imagem de perfeição!!"

(ii) Acho vergonhoso a justificação do M. Teixeira dos Santos: Se existe crise, essa toca a todos. Pois é Sr. Ministro, toca a todos que pagam impostos, não áqueles que através das mais diversas formas compram Ferrares (à la Paços de Ferreira), mas empresas tão sempre no vermelho.

Se achamos que representaram dignamente o país, e se o escopo da lei é atribuir um "prémio" devido a proceder à alta representação desportiva do Estado Português, então não vejo outro momento onde esta possibilidade legislativa possa ser aplicada.

Se assim não é, pergunto: Para que serve a disposição da lei?

2. Parece que as notas do exame de Português no 9º ano denotaram um problemazito: Aumento em dobro do número de chumbos... Parece que não é relevante: O que interessa para o plano tecnológico é o ensino da matemática.

Qualquer dia falamos em código binário...

P.S. Em vez das criancinhas teram salas de estudo para fazerem os trabalhos de casa (quando os há), deviam eram ser obrigadas a ler. Ler os clássicos portugueses. Devorar Eça e Camilo. Ler essas "ideias de esquerda" literária, como Ary, Alegre, Saramago ou coisas que tais é desviar o ensino para o súperfulo e esquecer o essencial.

Essencial digo-o em 10 nomes: Vicente, Camões, Herculano, Quental, Eça, Pessoa, Andrade, Torga, Breyner, Lobo Antunes.

terça-feira, julho 11, 2006

Uma iniciativa construtiva!

Parece que o proeminente Madail se lembrou de pedir a isenção de IRS ao prémio de 50.000 € que cada jogador receberá pela estadia com tudo incluido na Alemanha durante 1 mês.

Sugiro ao bom leitor que pendure nas varandas e nos carros deste país um recibo da declaração de IRS do último ano por forma a incentivar o patriotismo fiscal da seleção e encorajar os recalcitrantes!!

Alias o Governo poderia incluir nas medidas contra a fraude fiscal essa medida patriótica, imagine-se a mobilização nacional em torno das declarações de IRS, as músicas "Na na na na na na na na Paga e brilha a Portugal", as buzinas a cada contribuinte faltoso apanhado nas malhas do fisco, ou os cumbres no marques de cidadãos pagadores sibililando para as câmaras IRS allez IRS allez... Uma coisa é certa... não seriam muitos!

A pátria hoje agora e sempre...

Aproveitando o mote dado pelo contumaz co-blogger e encontrando-nos numa disposição queirosiana, fruto de leituras recentes fica lançado o repto, será que em Portugal alguma vez existiu uma consciência crítica espontânea e livre?

Em bom rigor creio que não, é como Salazar dizia uma questão de feitio. Dizia o mesmo que os portugueses não são povo com capacidade de viver em Democracia, provavelmente têm razão não o somos, hoje sob o frontispício de uma sociedade democratica esconde-se uma partidocracia mediocre, em que os partidos do Rotativismo monárquico ou do final da primeira república foram substituidos por novos caçiques. Neste momento pensa o leitor (se é que os há e se pensam), oh não lá vai ele outra vez, uma longa invectiva sobre a medicriocidade das classes dirigentes servida com acompanhamento de convicção mediocre de tudo o que nasceu no luso solo...

Zás! Desengane-se o leitor hoje não, continuando a ideia de Salazar e de outros antes como Afonso Costa verdadeitamente o português não é feliz com a escolha e muito menos com liberdade crítica, seja pela evolução histórica seja por feitio a verdade é essa, o indígena não gosta de pensar por si, gosta da multidão, da maralha, de ir na onda do Scolari, da pedofilia ou outra qualquer, mas o que verdadeitamente ele não gosta é de ser responsabilizado pelas escolhas ou de ser chamado a decidir, a tomar parte e a responder pelo que faz.

Por partes, o português não gosta de decidir por si ou de sair da opinião dominante seja com Governos, seja com a maneira de vestir, de agir ou mesmo os sítios para onde vai. O país é pequeno e exíguo, as mentalidades então... Veja-se o caso dos idiotas que por ai andaram de bandeirola e buzininha que entre a escolha de se quedarem em casa ou irem dar uma volta se preferem aglutinar em engarrafamentos e maralhas imundas com cores de origem histórica dúbia servido pelo ror buçal de Portugal allez e acompanhado por comemorações de uma constância e previsibilidade inigualáveis. Ahh que bom o povo manifestar-se e sair à rua disseram os spin doctors do politicamente correcto, oh pobre gente digo eu é que pra ver aquilo até dá vontade de instaurar o recolher obrigatório.
Continuando, o português não gosta de decidir, de sair da incógnita multidão, de destoar e vir publicamente defender ou criticar quem ou o quê lhe causa desconforto, é uma questão de feitio bem o sabemos seja por numa pequena aldeia os que publicamente tomam posições são os que mais facilmente são atacados seja por e mais uma vez fruto de pequenez e ignorância sermos o povo do mais ou menos.
A política? Mais ou menos!
A vida? Mais ou menos!
A alma? Mais ou menos!
Os valores colectivos ou a educação? Mais ou menos?
A bola ? Sempre!!

É pois verdade somos um povo insonso sem capacidades críticas, melhor espelho disso? Os média, o constante mal estar em que tudo está mal mas no momento de tomar posições é sempre tudo mais ou menos! A capacidade crítica não existe, em casa, na escola, em sociedade, no trabalho. Não existe uma capacidade de reflexão colectiva, de julgar e pensar per si, outra evidência, os comentadores que nada mais são que especialistas em «mais ou menos» e que «mais ou menos» dão opiniões «mais ou menos» livres sobre «mais ou menos» isto e aqueloutro.

Num país anglo saxónico ou mais do norte da Europa como a Alemanha, figuras como Marcelo Rebelo de Sousa ou outros que apontam à unanimidade ou fazem comentário com finalidades próprias seriam votadas à ignorância ou simplesmente à indiferença. Ora o luso gentio vive ainda numa mentalidade de notáveis, de Professores e de reverências, rédea solta dá piores resultados como se vê com PREC's e I República é bem verdade mas um e outro andam a mãos dadas, ora um regime ou status quo cria notáveis e partidos que um dia «mais ou menos» se diverte a arrastar na lama com confiscos ou degredos voluntários ou não, mais uma vez porque os que foram na maralha se fartaram alguem os instilou a fartarem-se.

A falta de consciência crítica vê-se na igualmente na ânsia jornalistica e popular de ver sangue, de ver esses estatutos, seja do político, professor, polícia, juiz ou qualquer outro que represente uma autoridade ou poder desmascarado de fronte da aldeia, das reverências passa-se para o lodaçal para o arrastamento e destruição de nomes e reputações como se viessem os púdicos, os impolutos ou os intocáveis desmascarar a fraude do estatuto ou o homem por detrás da mesma, publicamente despidos da autoridade que as suas robes ou farda lhes aportam perdem a aura de poder e respeito unânime que mais ou menos inspiram mas que é servido com a já costumeira dobragem de espinha quando em terreiro se cruzam. Estou a divagar pensaram alguns, nada disso é que uma e outra se encontram juntas ou seja o estatuto e a pessoa, não sabendo a maralha distinguir uma da outra, isso é falta de cristianismo o homem sempre o homem quem perdoa o homem? Ninguém porque o homem é o estatuto e os dois são indecomponíveis ora aí é que falta a crítica na capacidade ímpar de amalgamar tudo, os políticos todos iguais, os juízes todos iguais, os funcionários públicos, todos iguais, os banqueiros e empresários, os trabalhadores e os sindicalistas, basicamente todo o mundo, todos iguais!!

As mentalidades essas claro são...todas iguais?

Eu não destoando lanço o meu cavaco ao braseiro, os jornalistas... todos e iguais.

E como vai V. Exa.? Mais ou menos!

segunda-feira, julho 10, 2006

A dança das cadeiras - Primeira Parte

De certeza que já saberão do que vou escrever.

Um trauma nacional. Cada vez que existe alguém que faz um bom trabalho, que se aplica seriamente em prol de uma instituição, seja um banco, uma loja, um governo ou uma equipa de futebol, a populaça levanta-se da tumba e vem para rua clamar com o héroi salvador, pedindo-lhe que fique.

Sempre foi assim na história de Portugal. País que gosta de eternizar os hérois... O poder de Alcácer Quibir na nossa mente.

O último fenómeno foi Scolari. Já tinha sido Camacho no Benfica, ou Bobby Robson no Porto. Salazar e Mario Soares na política. Jardim Gonçalves e Murteira Nabo em grandes instituições nacionais. Fazem uns resultados meritórios, e sobem imediatamente a outro escalão. Praticamente Deuses do Olimpo.

É claro que eu, no meu mau feitio mundano, gostava de perguntar ao "Deus" Scolari porquê que colocou o Helder Postiga para jogar contra a França (já para não falar nos jogos anteriores) e não o Nuno Gomes. Para depois no final do Mundial, o colocar depois do 3-0.

Era só para sustentar aquilo que tinha feito? Se assim era, ficamos todos a pensar que poderíamos ter ido mais longe.

E não me venham com conversas sobre o facto de ser um resultado optimo, e merdas do género. O futebol português está ao nível do melhor do mundo e tem obrigação de ir para ganhar. E não devemos ficar contentes por chegar a quarto. Pergunto: Como seria a festa se ganhassemos???? Alguém vê alguma coisa mais que pudesse ter sido feita?????

Temos jogadores a jogar nas melhores equipas do mundo, alguns deles até ficam no banco.

Não somos o Brasil, é certo! Não temos milhões de escolhas. Mas está provado que não são só muitos jogadores bons que fazem as grandes equipas. É também a garra, a audácia, e a visão dos líderes. Mourinho está aí para me provar (nas epocas do Porto) e para me contradizer (apenas agora, nesta epoca que se avizinha).

A Itália campeã do mundo viveu à custa de 14 ou 15 jogadores. Não de 50.

P.S. Apenas mais uma nota. Normalmente quando surge este unanimismo, dá mau resultado. Dão se autoritarismos (ainda mais parece me dificil). O mesmo está a acontecer com este Governo. Depois de governar contra si mesmo, continua a aumentar a sua maioria absoluta nas sondagens... não prevejo nada de bom.

sexta-feira, julho 07, 2006

Les inutiles.

Enquanto bolinamos ao som do teclado rumo a mais um fim de semana com prometedores indícios de praias e belezas à beira mar pedimos desculpa ao bom leitor por esta interrupção tão longa numa certa cadência que haviamos introduzido aos posts. Lamentavelmente a boa entidade patronal que à data tinha dado o seu beneplácito tácito decidiu sobrecarregar este pequeno e de baixo escalão trabalhador com solicitações várias num momento de transição.

Enfim trabalhar têm destas coisas, parece que hoje de manhã e no dia pretérito diversas corporações da função pública decidiram folgar ao trabalho realizando uma longa e profícua jornada de luta laboral, os piquetes de greve eram notórios, as manifestações juntando centenas de milhar de funcionários pararam o país... Ahahah que retrato mais irrealista, verdadeiramente a única coisa que a greve logrou em provar é que o país funciona bem sem a função pública ou parte desta. Provando a sua utilidade em jornada de absentismo demonstram somente que devaneios «neo-liberais e direitistas do governo» têm razão de ser...

O que não têm de ser é castigar o leitor com estas linhas quando urge a vontade de ir de fim de semana...
BFS em breve há mais, uma vez que se augura o regresso de AOC!!

quinta-feira, julho 06, 2006

De volta...

Queria antes de mais pedir desculpas aos caros leitores pela ausência forçada, mas razões várias (onde a desinspiração e falta de vontade terão assumido a maior preponderância) levaram a esta ausência...

Mas agora estamos de volta...

E num dia importante. Dia de greve na função pública. Dia em que se iria abrir o tumulo de D. Afonso Henriques. Dia seguinte à eliminação do Mundial.

Penso que cada um dos pontos anteriores merece um parágrafo.. Cá vai:

1. Greve na Função pública. Sindicatos dizem que a adesão rondou os 80%, o governo perto de 10%. Quer dizer que 70 % (i) ainda não apareceu para trabalhar (ii) picou o ponto e bazou, (iii) picou o ponto e foi dormir para a enfermaria ou para o bar da escola. Em qualquer dos casos, não se entende o que ganha o país, os sindicatos e o governos com estas greves e estes números opostos.

2. Acordo de manhã. Parece que vão abrir o tumulo do nosso grande D. Afonso Henriques para saber se ele tinha alguma doença, se era pequeno ou grande, se tinha partido a perna e muito relevantemente, o que é que comia. Depois de eu próprio comer qq coisinha, descubro que o IPPAR cancelou a abertura do túmulo por razões "secretas". E eu tinha esperanças em descobrir que afinal o nosso Rei chamava-se Odete, teria morrido com 30 anos, de SIDA, e era wiccan. Que merda...

3. Portugal no mundial. Como tinha avançado anteriormente, Portugal tinha 5 bons jogadores. Maniche e Deco. Ricardo Carvalho, MIguel. Figo e Cristiano Ronaldo. Todos estes fizeram um bom mundial. O que falta... aliás como sempre é um Ponta de Lança. Equipas sem um homem de área que possa aparecer e resolver não existem. a França tem Henry, e foi ele quem decidiu cavando um penalti duvidoso mas marcado. Nós temos o homem do queijo. Quem explic a ou pq do Nuno Gomes não jogar?

terça-feira, julho 04, 2006

Poderosos!

Parece que o grande repositório intelectual popular dos sábados publicou na sua revista um artigo no qual constavam os 20 mais poderosos do país. Obviamente as figurinhas não se demonstraram trsites, participando muitas delas com um sorriso ao mesmo tempo que posavam para uma foto. Enfim as repúblicas têm disto, mas esse tema não é para aqui chamado. Parece que as sumas intelectualidades resolveram posar para a foto como os 20 mais poderosos. LAmento profundamente se o patriarca da minha Igreja em Portugal decidiu participar na procissão dos tristes, lamento ainda mais se o fez posando à civil não envergando sequer as vestes cardinalícias, bem lamento que em qualquer jornal de país civilizado se publique um artigo com os 20 mais poderosos e os mesmos colaborem...

Vamos por partes, o artigo era imbecílico, lamento contudo que os 20 poderosos tenham contribuido para isso ademais se conheciam as suas posições no respectivo ranking... De uma lealdade canina o PR posou depois do 1º Ministro quando a hierarquia das figuras de estado diz em contrário o que per si é já espantosamente revelador das cabeças que o fizeram. Continuando, o desplante que é publicar um artigo dos 20 mais poderosos no qual os tristes notáveis partciparam revela o estado putrefacto do sistema em que vivemos, ora se se impõe dignidade, humildade e decoro aos titulares das funções públicas, aos empresários sérios impõe-se descrição e não alardear pela terra o seu poder. Igualmente o mesmo se impõe ao Patriarca da maior confissão religiosa nacional bem como a demais pessoas que se tenham por sérias ou assim se queiram tomar. Obviamente numa prédica elogiosa o Dr. Balsemão não poderia faltar, bem como o omnipresente e omniciente professor marcelo que no intervalo das suas três horas de sono, de foruns de futebol, aulas de direito e demais coisas ainda dá uma perninha aos jornalistas do Expresso.

A natureza do artigo é nauseabunda ou seja a de dar um rankingo dos mais poderosos, mas poderosos de quê? A palavra poder inspira respeito e discrição, o poder é algo que se sente e não se vê, algo efémero, viciante e intoxicante, poder têm muitos sentidos, desde um bom a um mau, por exemplo se eu disser que o Major Valentim ou a Fatinha são poderosos quero dizer uma coisa se disser que o Dr. Balsemão é poderoso outra. Seja como for poderoso porque? Pelo dinheiro, pelo cargo, pelo papel social, pelo papel de mecenas, guia espiritual o q~uÊ? Lamentavelmente nenhum critério foi adiantado cabendo somente um acotovelamento entre as diversas funções ou estatutos sociais, nos os não poderosos claro somos testemunha de tamanha procissão de astros celestes, com estatuto de poderosos, uma classe priviligiada, uma nobreza entre o povo etc e tal. Ora vivessemos numa Monarquia e certamente haveria mais pudor, ora como vivemos na República do Zé Sócrtes e do Ti Anibal o pagode é outro, para eles é um avnanço social acotovelarem-se entre os do poder económico ou espiritual.

Obviamente que numa sociedade onde a crítica é a la carte e de motivação sempre duvidosa o que podemos esperar é a aclamatória subserviencia dos jornalistas, esse grande poder independente que não apenas hesitou em colocar o próprio patrão em 5º lugar... Enfim cambada de tristes, os poderosos e os não poderosos, quem é sério e importante não aparece em revistas intitulando-se ou deixando-se coroar por jornalistas pé de chinelo ou patrões dos media, quem é poderoso no sentido que interessa, ou seja não o maior capitalista no pior sentido, o maior dos media ou o maior" comentadeiro" do país têm discrição e respeito por si em primeiro lugar e em segundo lugar por quem têm dois dedos de testa neste país. Serve o artigo para mais coisa menos coisa escarrapachar ai os senhores do sistema (por ora) aquela rede de compromissos e cambalachos, a teia de influências, os que navegham sobre o lodo, os que tiram massa do sistema e que sendo os seus primeiros clientes, os que cortam o bolo, o poder político, o que alimenta as camarilhas partidárias, filhos e os enteados, os funcionários públicos que de quando em vez em troca de uma vida ociosa devem fazer os sacrifícios, os empresários multi milionários que à custa do retalho, de baixos salários conseguem enriquecer ao mesmo tempo que à primeira ameaça de maior rigor ou de também suportar um fardo menor ameaçam com deslocalizações.

Eles estão lá, alguns, nem todos aqueles a quem o marasmo, o continuar tudo como antes o país pobre e retrasado, como hoje, como há 100 anos como há 200, desta vez em nome de democracias ou estados de direito, há 100 anos em nome de sua majestade e do rotativismo, em '74 em nome do povo operário, terá isto volta algum dia!?