Espaço de crítica tendencialmente destrutiva

quinta-feira, julho 17, 2008

Spin strategy

Numa semana em que o flop da nação, que dá pelo nome de Governo, não de Luis Filipe Vieira, sofre um acossamento inaudito por conta de previsões mirabolantes nas quais ninguem havia acreditado, e vê de forma consistente falhados na maior parte as supostas reformas que se havia proposto. Além de serem notórios problemas gravíssimos em termos de segurança interna e outras áreas, "factoides" estranhos sucedem-se, senão vejamos:
  • O Governador do Banco de Portugal aquando da apresentação das previsões económicas vêm falar de"energia nuclear". Como se isso fosse do escopo de suas atribuições. SPIN ONE!
  • O grupo parlamentar do PS vêm falar de uniões de facto e seus direitos. Como se não houvessem coisas mais importantes para tratar. SPIN TWO!
  • No pico da "crise"(mais uma...que enfado de vocabulário) da Quinta da Fonte o Governo vêm propor chips nas matrículas. Ou seja enquanto em Beirute/Loures se anda aos tiros literalmente o bom governo da nação anda preocupado com seguros e inspecções períodicas. Qual é a próxima, controlos de velocidade e seguros também nas competições DTC e outras realizadas no autodromo do estoril. SPIN Three!
  • No Pros&Socialistas da RTP fala-se de "Desingnios Nacionais". Que nem o disparate poucos se vêem. SPIN
  • No 2º programa de entrevista da RTP fala-se de bola. Pão e circo! SPIN
  • O caso maddie vai ter uma "solução". Será uma das seguintes, exorcismos e cerimónias de ressureição de Maddie, arquivamento, acusar o Murat sem provas...Conhecendo a justiça nacional será uma mistura de 3ª com 4ª... SPIN

O Spin, não é mais encher os media de contra-informação ou de tamanho ruido como alguns casos, nomeadamente o do Governador do BdP de forma a que não se falem de certos assuntos mais incómodos, neste caso as vergonhas que sucedem com o Rendimento Mínimo Garantido ou com a habitação social que são autenticas vergonhas...

É por demais evidente que a producção de "factoides" não é feita por um polvo todo poderoso que estende os seus tentáculos. No entanto é evidente que há mão de agencias de comunicação, por exemplo na forma como a noticia do nuclear se sobrepõe às previsões de abrandamento do Banco de Portugal, na forma como o chip se sobrepõe às preocupações com áreas de segurança bem mais importantes e daí em diante.

A central de imagem governamental não é todo poderosa mas lança os seus spins, neste caso uma campanha de contra-informação atolando o panorama mediático com "factoides" que distraem do principal para o acessório. O trabalho é muitíssimo bem realizado pois além desta estratégia activa a falta de inteligência ou as conveniencias em redacções dos jornalistas ajudam e muito a que se caia no isco...

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quarta-feira, julho 16, 2008

Medidas de alcance social

Sobre a pouca vergonha de "medidas" que se dizem sociais que juntam dois aspectos fundamentais aonde se practicam autenticos roubos à comunidade, o Rendimento Mínimo que custa 400 milhões de euro ano e a habitação social que é dada a todos, excepto aos que trabalham ou são detentores de rendimentos de trabalho.

É simplesmente vergonhoso o que se faz a 1% do IVA (aproximadamente) pelos contribuintes pago. Serve para financiar directamente o parasitismo dos subsídios. Com a habitação social ibidem. Felizmente o pragmatismo mediático hoje já se encarregou de tratar de assuntos mais importantes como o Carlos Queiroz e afins.

Fica for the record:

http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=AC883B44-7B5D-4A16-B777-842053DD2AC9&channelid=00000009-0000-0000-0000-000000000009

«Cerca de 90% da população activa residente na Quinta da Fonte beneficia do Rendimento Social de Inserção, de acordo com dados da Câmara Municipal de Loures. E muitos, apesar de pagarem rendas de 4,26 euros por mês, devem neste momento à autarquia quantias que chegam aos oito mil euros, apurou o CM junto da Divisão Municipal de Habitação. Quer isto dizer que, desde que foram alojados na freguesia da Apelação, em 1997, muitos dos que beneficiaram do Programa Especial de Realojamento nunca cumpriram com o acordado.»

Ah e por fora ainda fazem uns biscates que isto de ficar todo o mes à espera do subsídio cansa. é necessário arranjar um time out criminal...

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Comic Relief 3

Numa altura em que o BdP revê as previsões em baixa para o crescimento da economia, e o Governo falha com bastante suplesse todos os pressupostos do orçamento de Estado cabe relembrar o seguinte:

in:
http://diario.iol.pt/economia/portugal-europa-fmi-economia-ministro-pessimismo/938166-1730.html - edição de 9 de Abril

« O ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, reagiu já às previsões apresentadas esta quarta-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia nacional.
Para o ministro, «as previsões de crescimento do FMI, hoje divulgadas, afiguram-se demasiado pessimistas quanto aos efeitos que a evolução dos mercados financeiros poderá ter na actividade económica».

Teixeira dos Santos acrescenta que «este nível de pessimismo não é partilhado por instituições dos vários países nem por outras entidades internacionais».

Recorde-se que o FMI cortou cinco décimas à previsão que tinha para o crescimento da economia nacional deste ano, dos 1,8% para 1,3%, colocando assim o nosso País como um dos que menos cresce na Zona Euro e a divergir, pelo sétimo ano consecutivo, dos parceiros da moeda única.
Esta é, de facto, a previsão mais pessimista, já que o Governo mantém a sua projecção de um crescimento de 2,2% e que tanto a Comissão Europeia como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) mantêm uma expectativa de uma expansão de 2%. O Banco de Portugal também previa um crescimento desta ordem, mas o seu governador, Vitor Constâncio, admitiu na terça-feira que a instituição vai rever as suas estimativas em baixa e adiantou que Portugal deverá crescer abaixo do esperado mas acima do projectado para a Zona Euro, que era na altura 1,8%.

«A melhoria registada nos fundamentais da nossa economia e a sua robustez não permitem sustentar de forma alguma a previsão apresentada para Portugal», considera o ministro das Finanças.»

Mais um prémio às asininas previsões do Ministério das Finanças e à robustez da nossa economia. É triste ver sistematicamente se falham as metas que à partida são exageradas erradas e prosseguidas de forma errada.

Já agora viva o discurso da confiança. O 1º bacharel fez gala em que a economia iria crescer 2%. Para rir. Governo de amadores...

Momento zandinga:
i)Para 2008 ou 2009 o famoso «orçamento rectificativo» estará de volta é só uma questão de tempo.
ii) Até ao final de 2009 o limite de 3% do PIB estabelecido por Bruxelas será novamente ultrapassado.
iii) Mais cedo ou mais tarde voltaram receitas extraordinárias que não o são e a famosa antecipação de créditos de concessões e afins...

Just wait...

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