Ganhou Obama.
Júbilo, comoção, arrepios na espinha e radiantes amanhãs de acordo com a "manada" pensante que pulula nos media e que com a força de seu número atropela qualquer pensamento divergente. Algumas luminárias que se dizem pensantes, na trilha de Colombo e dos Vikings quiçá descobriram a América, terra das liberdades e das oportunidades.
Nada mais triste, nada mais básico nada mais reducionista. A Europa a 3/11 não conhecia os EUA e hoje muito menos. Quem julga que Obama vai dar borlas, almoços gratis e multiplicar ao mesmo tempo os pães e os peixes que tire o cavalinho da chuva. Obama já nem é Obama é um mito, uma panaceia mágica e um repositório de esperanças da "mudança" e da "esperança" de cada mente iluminada.
A par de tudo isto louva-se, como se fosse de hoje ou de ontem a tolerância dos americanos depois de encharcados em 8 anos de fundamentalismo cristão de Bush... Nada mais falso e nada mais indesmentível. Avessos a tudo e especialmente à história os descomprometidos comentadores louvam a paixão, pose e mensagem de esperança de Obama. Esperança numa mudança qualquer, nem que seja só cosmética ou imagem.
Obama é talvez um rosto mais simpático para a Europa? Se calhar, contudo nada muda duas ou três realidades insofismáveis e inalteráveis dos Eua e da sua relação com a Europa, uma das quais é que os EUA e a UE não estão no mesmo plano por diversos motivos. Por um lado porque a UE não existe como realidade política pois não é esse o verdadeiro ensejo de seus povos e de seus dirigentes, pelo outro que com ou sem Bush os EUA batem a Europa em muitos planos e têm de liderar a valsa no que toca à dança da política internacional. Os EUA são hoje e serão, felizmente para as nossas liberdades uma potência económica, militar e cultural, além de que um pais que inspira o mundo.
Perguntarão, qual o rigor intelectual deste argumento quando o autor do mesmo é um bruto e enrijecido realista no que toca aos negócios do mundo e depois prolata uma frase de um voluntarismo digno de muitas inteléquias que apoiaram Obama, recorrendo aos argumentos como a paixão e o carisma sobre as masssas? Porque o mundo verdadeiramente susteve a respiração nestes dias de eleições, e regularmente o faz de 8 em oito anos nas eleições dos EUA.
Obama oferece um "americanismo de rosto humano" mais simpático que o de Bush. Para os que dão privilégio à imagem sobre o conteúdo talvez, no entanto esses são os mesmos que se deliciam nos predicados sobre paixões e inspirações sobre as massas, sobre a questão da tez de Obama e outras subtilezas de forma sobre o conteúdo...
Eu cá vou ter saudades de Bush que apoiei e continuarei a apoiar, especialmente porque enfrentou das presidências mais dificieis de sempre dos EUA com um evento que marca o início de uma barbárie inaudita, o 9/11... Votaria MCcain em todo o caso no entanto no que tange ás linhas principais da politica externa dos EUA Obama não mudará muito... No que tange ao marketing decerto que sim, conseguindo impressionar muitos daqueles que buscam na sua vida bezerros dourados...
Daqui a 4 anos os EUA estaram ainda no Afeganistão e no Iraque, e querendo os outros paises da NATO também, sinal que o Presidente Obama conseguiu manobrar de forma unida os seus membros.
Pescada de rabo na boca
Porque é que eu gosto de Obama: porque é presidente do EUA!
Porque é que eu gosto dos EUA: porque é um grande pais e em muitos sentidos a Land of oportunities.
Boa sorte Presidente Obama, obriagado Presidente Bush.
Oportunamente comentarei o filme W. de Oliver Stone que achei muitíssimo interessante...
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