Espaço de crítica tendencialmente destrutiva

terça-feira, novembro 18, 2008

Uma noticia de letra

De quando em vez surgem noticias que comprovam o que aqui foi escrito em alturas anteriores. Há uma figura neste governo que me surpreende pelo facto de passar incólume entre os pingos de chuva e ser louvado, quando faz um mau trabalho. Refiro-me a Teixeira dos Santos obviamente, por conta da sua estratégia de espremer receitas aos contribuintes, de não promover o PRACE (aí onde anda essa criatura), de vender previsões que nunca se cumprem, de fixar metas de limitação da despesa pública, nomeadamente no tocante à despesa primária, entre outros aspectos ridículos e tristonhos como o demonstra a "descomprometida" defesa de Constâncio no caso BCP ou no BPN entre outros.

Ora menos rendido ao coro sicofantico dos média nacionais o Financial Times deu ao Ministro a nota que mererecia. A última posição em comparação efectuada entre alguns dos ministros das Finanças da UE. Surpreendentemente o "mago" Solbes, também socialista fica muitíssimo bem colocado...

Parabéns sr. Ministro!


"Financial Times" classifica Teixeira dos Santos como pior ministro das Finanças da UE
O ministro português Fernando Teixeira dos Santos, é considerado pelo jornal britânico "Financial Times" (FT) como o pior ministro das Finanças entre os 19 países da União Europeia (UE) analisados. O fraco desempenho da economia nacional e o baixo perfil europeu justificam a escolha
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terça-feira, novembro 11, 2008

Obamanias e EUA!

Ganhou Obama.

Júbilo, comoção, arrepios na espinha e radiantes amanhãs de acordo com a "manada" pensante que pulula nos media e que com a força de seu número atropela qualquer pensamento divergente. Algumas luminárias que se dizem pensantes, na trilha de Colombo e dos Vikings quiçá descobriram a América, terra das liberdades e das oportunidades.

Nada mais triste, nada mais básico nada mais reducionista. A Europa a 3/11 não conhecia os EUA e hoje muito menos. Quem julga que Obama vai dar borlas, almoços gratis e multiplicar ao mesmo tempo os pães e os peixes que tire o cavalinho da chuva. Obama já nem é Obama é um mito, uma panaceia mágica e um repositório de esperanças da "mudança" e da "esperança" de cada mente iluminada.

A par de tudo isto louva-se, como se fosse de hoje ou de ontem a tolerância dos americanos depois de encharcados em 8 anos de fundamentalismo cristão de Bush... Nada mais falso e nada mais indesmentível. Avessos a tudo e especialmente à história os descomprometidos comentadores louvam a paixão, pose e mensagem de esperança de Obama. Esperança numa mudança qualquer, nem que seja só cosmética ou imagem.

Obama é talvez um rosto mais simpático para a Europa? Se calhar, contudo nada muda duas ou três realidades insofismáveis e inalteráveis dos Eua e da sua relação com a Europa, uma das quais é que os EUA e a UE não estão no mesmo plano por diversos motivos. Por um lado porque a UE não existe como realidade política pois não é esse o verdadeiro ensejo de seus povos e de seus dirigentes, pelo outro que com ou sem Bush os EUA batem a Europa em muitos planos e têm de liderar a valsa no que toca à dança da política internacional. Os EUA são hoje e serão, felizmente para as nossas liberdades uma potência económica, militar e cultural, além de que um pais que inspira o mundo.

Perguntarão, qual o rigor intelectual deste argumento quando o autor do mesmo é um bruto e enrijecido realista no que toca aos negócios do mundo e depois prolata uma frase de um voluntarismo digno de muitas inteléquias que apoiaram Obama, recorrendo aos argumentos como a paixão e o carisma sobre as masssas? Porque o mundo verdadeiramente susteve a respiração nestes dias de eleições, e regularmente o faz de 8 em oito anos nas eleições dos EUA.

Obama oferece um "americanismo de rosto humano" mais simpático que o de Bush. Para os que dão privilégio à imagem sobre o conteúdo talvez, no entanto esses são os mesmos que se deliciam nos predicados sobre paixões e inspirações sobre as massas, sobre a questão da tez de Obama e outras subtilezas de forma sobre o conteúdo...

Eu cá vou ter saudades de Bush que apoiei e continuarei a apoiar, especialmente porque enfrentou das presidências mais dificieis de sempre dos EUA com um evento que marca o início de uma barbárie inaudita, o 9/11... Votaria MCcain em todo o caso no entanto no que tange ás linhas principais da politica externa dos EUA Obama não mudará muito... No que tange ao marketing decerto que sim, conseguindo impressionar muitos daqueles que buscam na sua vida bezerros dourados...

Daqui a 4 anos os EUA estaram ainda no Afeganistão e no Iraque, e querendo os outros paises da NATO também, sinal que o Presidente Obama conseguiu manobrar de forma unida os seus membros.

Pescada de rabo na boca

Porque é que eu gosto de Obama: porque é presidente do EUA!
Porque é que eu gosto dos EUA: porque é um grande pais e em muitos sentidos a Land of oportunities.

Boa sorte Presidente Obama, obriagado Presidente Bush.

Oportunamente comentarei o filme W. de Oliver Stone que achei muitíssimo interessante...

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segunda-feira, novembro 03, 2008

Promessas Socialistas III

Mais uma Crescer 2% em 2008 e 0,6% em 2009:

«Bruxelas prevê que Portugal cresça 0,1% em 2009
A Comissão Europeia prevê que a economia portuguesa cresça apenas 0,5% neste ano, antes de voltar a desacelerar para 0,1% no próximo. Os novos números de Bruxelas são mais pessimistas que os do Governo, que antecipa um crescimento de 0,8% seguido de 0,6% em 2009.
»

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Ahh José Sócrates como era: Crescer 2%??

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Promessas socialistas II

Mais uma promessa socialista foi cumprida integralmente, desta feita a de "pusemos as contas em públicas em ordem"...

Do insuspeito Jornal de Negócios de hoje:

«O défice orçamental português corre o risco de voltar a violar o limite de 3% do PIB estabelecido pela regras do Pacto de Estabilidade do euro. De acordo com as novas previsões de Bruxelas, caso as políticas em curso não sejam alteradas, o saldo negativo das finanças públicas irá passar do equivalente a 2,2% neste ano para 2,8% em 2009, antes de chegar a 3,3% em 2010.Os números do Governo, inscritos na proposta de Orçamento do Estado, apontam para um défice de 2,2% neste ano e no próximo. As previsões de Bruxelas antecipam igualmente um agravamento continuado da dívida pública, que deverá passar de 64,3% neste ano para 66,6% em 2010»

http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=339030

Em rigor é somente uma previsão, no entanto deita por terra a tese da "ordem nas contas públicas".

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