Espaço de crítica tendencialmente destrutiva

terça-feira, junho 27, 2006

Será assim?

Reportando-nos aos festejos populares derivados do feito de armas da equipa nacional de futebol e inerente cobertura mediatica não podemos deixar de fazer bastantes reparos, uns certamente correctos outros nem por isso se calhar, em todo o caso ficam para o registo das coisas. A coerência é um valor algo incómodo numa sociedade que se caracteriza pela lassidão de costumes e valores que coexiste com uma falta de consciência crítica a toda a linha.

Confesso que ao ver as imagens de todo o pais da vitoria, depois de um jogo sofrível e violento me causam o mais profundo estarrecimento e apreensão. Ultrapassado o momento inicial, caindo um qualquer alpinista do marquês somos forçados a dizer que os portugueses são grosso modo um povo tristonho, até na vitória ou em momentos de efusão nacional, senão vejamos a húbris dos festejos, igual em todo o lado no país, a turba pintalgada e envergando cores vermelhas ululando «Portugal Allez!», a multidão comprimindo-se de fronte de uma câmara, impropérios ouvidos entre as massas, empurrões, o tintol ou a cervejola, o zé de tronco nú e desdentado e claro aqueles que fazem a festa com a buzina do carro, castigando bairros residenciais e cercanias com apitadelas estridentes, brindando ruas desertas com sonidos e composições variadas entre pi pi pi pi e piiiiiii piiiiiii piiiiiiiiiii. Infelizmente a modinha da buzina que toca composições musicais já não se encontra tão em voga como anteriormente.

É o povo em festa dizem uns, é festa do povo outros, é do povo a festa dizem terceiros a verdade é que as marcas da comemoração são as mesmas em todo o lado, ou seja o povo de volta das cÂmaras em excitação febril e transcendente buscando os seus minutitos de fama e glorificação mediatica, embarcando num campeonato de idiotice para ver quem têm o boneco mais ordinário e sem graça, a bandeira mais pintalgada na cara, a Virgem Maria com o cachecol ou o tintol, uma pileca rançosa ladrando com pátrios adereços ou outra coisa qualquer que salienta somente a confusão e exiguidade de espíritos que para aí vão. Faltava claro a criançola gorda, sebosa ou simplesmente desgrenhada que já de avançada idade nos primeiros estádios da vida não pronuncia mais de dois vocábulos sem três erros de português ou simplesmente se acabrunha face à câmara entre empurrões e palavrões e somente balbucia palavras soltas como «Figo» ou outra qualquer.

É na festa, naquele estertor artificial e limitado que vemos profundamente não apenas quão aprecia o povo o «Pão e Circo», ao mesmo tempo que tudo mistura numa miscelânea de valores e cívicos, religiosos e fanatismo clubístico. È isso sim o que causa apreensão, o misturar-se tudo, o obnulamento (existirá esta palavra?) de tudo face a um ideal sejja ele o socialismo, o PREC as nacionalizações ou o futebol, ao mesmo tempo que nos é servido de uma forma miserabilista que mais uma vez sinto que me andam a tratar como estúpido, com cenas do Marquês de Pombal, dias da Selecção e rotinas dos craques. Ao mesmo tempo o sorriso do povo faz lembrar um desdentado com a dentição podre e esburacada... É que quando sorri, vêem-se os dentes, ou a falta deles...

Enfim ultrapassando esta imagem também demasiadamente carregada vamos então á moral da história festa é festa tudo bem contudo fazer da festa o centro das atenções, toda a razão de um viver, servido por comentários do género, dava a minha vida por isto, ou rezei à santinha ou ao santinho, ao beatinho ou outra coisa qualquer, ou então coisas idioticas do género vou a pé a Fátima ou o meu clube é portugal levame a dar razão a Afonso Costa e sua corja republicana do PRP que no princípio do século XX disse acerca da insubordinação popular face ás leis e decretos da República ou sobre as parcas capacidades de governo e consciência:«É necessário salvar o povo do povo!». Enfim esperemos que a coisa não seja assim...Será?

sexta-feira, junho 23, 2006

Salte logo outra igual pras Regiões Autónomas!!

«Associação de Municípios diz que 8 em 10 câmaras saem a perder com nova Lei das Finanças Locais»

In Jornal de Negócios on line

Algo completamente estúpido

Retira-se a seguinte pérola do Público on line:
«Opel deverá encerrar a 31 de OutubroMarques Mendes: fecho da Opel na Azambuja demonstra falta de confiança em Portugal ».

Parece que Marques Mendes (MM) se lembrou de dar uma opinião sobre o encerramento, previsivel, espectável e inevitável da referida fábrica. Com o oportunismo"saloio" da oposição parece que MM se lembrou de fazer um aproveitamento da situação, argumento chave que o ambiente de confiança económica não é o que o Governo faz crer e que afinal é tudo um engodo publicitário.

Numa palavra: Burro!

Vejamos, pois, tomando como verdadeiras as declarações e o encerramento de MM este está a dar um atestado de competência à publicidade governamental que nos ludibria... Graças ao lúcido exemplo de MM a «perceptivel» retoma, os 1% já tratados aqui antes estão esclarecidos.

Tomando a sério MM anda a gozar com as pessoas, oferecem as declarações comentários pouco dignos por serem uma grosseira manipulação, tal como o PS fez com a Bombardier, que manifesta somente a falta de tacto e crescente fosso entre políticos e a sociedade. Num momento em que se esperava responsabilidade, fosse por ser o encerramento previsível, fosse por o assunto ser sério MM não soube crescer á altura dos eventos optando pela estreiteza da baixa política que ultimamente somente servirá para o descrédito do sistema e dos que com ele se alimentam até ao dia...

Obviamente que ninguem espera o discurso dos direitos de abril ou o que já penetrou nos círculos governamentais e dos jornalistas a seu mando de que o governo irá encostar a GM á parede e agindo qual vingador dos trabalhadores exercer as penalidades previstas no contrato firmado com o Estado. E depois? Uns milhões de euros, «peanuts» pra GM, o encerramento da fábrica e nada... Trabalhadores na rua, o governo distribuirá uns programas de inserção profissional que resultaram em nada ou pouco, destacará umas assistentes sociais e técnicos de formação profissional, servidos entre o já costumeiro pranto de abrilistas que defendem que deve ser regulado isto e aquilo de forma a espartilhar ainda mais a contratação privada ou demais aspectos de forma a apertar malhas sobre os capitalistas e depois... Um boi!

Os actores do triste palco da política usam e abusam de expedientes cada vez mais grosseiros, tratando-me a mim, sim porque quando aquelas inteléquias falam falam para o povo, ou pelo menos deviam, como se fosse um estúpido ou um idiota...

Alias o cerne da questão é esse, ou seja que somos crescentemente tratados como idiotas que ora caimos em expedientes do governo, ora somos manipulados com números ou propaganda ora somos deslumbrados com choques fiscais ou tecnológicos e afins.

Nós por cá não vamos por esse caminho e apreciamos muito pouco ser tratados como estúpidos.

quinta-feira, junho 22, 2006

Fiat Lux!

Fiat Lux(faça-se luz)!

Parece que a esfinge acordou da sua longa hibernação depressiva, o ciclo mudou e as coisas vão de vento em popa! O país voltou á convergência europeia e este ano vamos crescer mais de 1%. Os sacrifícios não são em vão como diz o J. Coelho e o ciclo mudou, nova confiança com o endosso do Comissário europeu para as finanças. Só faltava o Constâncio vir dar bençãos ao caminho seguido pois afinal as coisas estão a melhorar e finalmente o pântano está a chegar ao fim.

Tratar isto como boas notícias é absurdo e idiótico é ademais nocivo, conhecendo-se os hábitos descontraídos dos nativos. Já se sabe que o equilíbrio emocional dos autócones não suporta grande sofisticação, passando do discurso retrógada e de que algo vai mal e que os serviços não funcionam etc... e tal, as carpidações já conhecidas com direitos sociais e adquiridos à mistura para estados febris de emoçãop, com bandeiras nas janelas e sentimentos de superioridade absurdos lembrando personagens de Querosianas como o França ou o Padre Amaro e o Conde de Ribamar.

Deixando o delírio Queiroziano para o final apenas lamentamos que por aqui as hostes se alegrem com crescimentos de 1% ao ano, que provavelmente não têm em conta o encerramento da Opel na Azambuja responsável por 0,6% do PIB segundo a imprensa especializada. è motivo de júbilo também a previ~são de cumprimento do deficit, orçado em 4.6%! De facto só mesmo neste terceiro mundo em que como já se sabe a vergonha é bem escasso é que um ministro das Finanças rejubila com a possibilidade de cumprir o plano orçamental. Nós por cá esperamos pelo final do ano e com a cosmética orçamental já costumeira, especialmente depois das "novidades" de ontem que implicam um aafrouxar do cinto....

Grande evento e motivo de celebração é também o facto de em 2008 o deficit estar contido a limites permitidos pela UE, ou seja inferior a 3%, ou seja na melhor das hipóteses aquela data como hoje, como ontem e como sempre podemos adiantar o despesista Estado continuará a gastar mais 3% do que o que têm, se aliarmos isto á já conhecida sub-orçamentação e demais expedientes fiscais podemos sim ver a Luz que alumeia o caminho, este escuro aquela fátua, podemos antecipar somente a facilidade com que eventos imprevisíveis poderam alterar as previsões económicas que suportam as estimativas do Governo.

O Júbilo devia dar lugar a vergonha e a "comezaina" satisfaçãozinha por não estarmos como dizia P.Pereira a afundarmo-nos tão depressa como o previsto demonstra somente os horizontes a vista do presente Executivo, dos anteriores e em geral da Camarilha que nos governa e sorve alegremente os nossos impostos....

Continuando e com promessa de tratarmos isto com maior detalhe, o presente Governo que de compromissos eleitorais pouco ou nada respeitou em relação ao seu programa eleitoral deveria sim numa tirada lúcida propor aos portugueses e à oosição responsável uma estratégia de 10 ou 20 anos ou seja, compromisso com o estado social mas com inerentes diminuições e acertos. È errada desde o dia 1 a política de encapotados acertos que não passamd e paliativos que causam mal estar e são transitórios. Responsabilizar não só o Governo mas também as forças construtivas da oposição (ahahahahhahahahahahahaahahhaahahhahahahah contradição nos termos) num compromisso nacional de Estado Social menor e menos ambicioso mas mais eficiente e humano de forma a possibilitar bons serviços a quem deles precisa em vez de criar um chapeu de chuva que pinga mais do que protege com o acréscimo de ser pago por quem dele não usufrui.

Voltando somente ao personagens Queirozianos, recomenda-se a leitura do último capítulo de "O crime do Padre Amaro" se Eça é mordaz naquelas linhas este suplanta-se... A propósito das revoltas em Paris em 1871, propaladas pela Guerra Franco Prussiana e Cerco de Paris, um evento comparável talvez a uma entrada em Roma pelos Bárbaros, um personagem, dos vários que pululavam pelo Chiado diz a respeito de Proudhon, que esse indivíduo poderia pilhar e espalhar o Terror por Paris com suas ideias socialistas revolucionárias mas que contudo no Chiado em caso algum o faria pois o França racharia o mesmo em dois ou em três, continuando o insigne escritor, é que o França «depois do cognac era mesmo mau». É nestes delírios que vivemos e viveremos enquanto a classe política deste país entender que do alto dos seus magistérios promanam luz à malta cá de baixo!

segunda-feira, junho 19, 2006

Zelotas e Fariseus!

Parece que uma inteligência qualquer se lembrou de fazer um estudo relacionando o copianço dos estudantes com a corrupção de cada país na União Europeia. Genial! Sublime! Espetáculo!

A comunicação social cá da terra prontamente se apressou a entrevistar petizes e "meninolas" que se encontram em preparação para os exames de final de ano. Parece que os estudantes cá da terra copiam em bom número, ao mesmo tempo tempo que grassa a corrupção por entre serviços e repartições públicas. O gajo que se lembrou de associar um crime gravíssimo com as vulgarmente designadas cábulas é um génio.

Arrepia-me só de pensar na teoria, parece que o mentecapto de serviço decidiu ressuscitar as teorias da criminologia do século XIX , segundo as quais os indivíduos nascem ou demonstram desde pueril idade inclinações criminosas. Para além da estupidez intrinseca, somos confrontados com uma taxa de potenciais delinquentes na ordem dos 66% de entre os jovens. Pena é somente que não existam tantos empregos nas camaras municipais para absorver o elevado número de jovens talentos.

A conduta criminosa está associada ás cábulas dos jovens. É idiota demais a associação, por demais aspectos, em primeiro lugar já que quem copia têm medo de ser apanhado e uma vergonha endémica de o fazer, uma coisa é sem pejo admitir numa sondagem que se copia, outra é durante um exame nacional ou outros piores "sacar" da bela da glosa e copiar a trouxo mocho e sem vergonha na cara. O resultado é já conhecido, consequente anulação da prova e demais chatices a isso inerentes. Ao invés o corrupto, seja nas câmaras seja nos ministérios não têm qualquer pejo nem vergonha, vejam-se os casos dos edis sobejamente conhecidos ou o DN de hoje acerca de negócios envolvendo a Câmara de Gondomar e parentes do seu presidente.
Segundo uma coisa é uma cábula outra é ser corrupto, contudo o silogismo e associação de ideias são básicas ou seja, o cábula será corrupto e vice versa.

Há indicadores que permitem demonstrar desde cedo a corrupção na sociedade ou nos jovens, basta estes terem o feedback dos seus pais em como arranjaram o emprego na repartição pública, na câmara, seja como se consegiu aprovar as obras da casa, ou o fiscal do gás, eletricidade ou outro serviço qualquer, bem como como se safou o paizinho ou maezinha da multinha de trânsito ou outra coisa qualquer. Lamentavelmente para alguns zelotas, o copianço não implica corrupção, sãop ambos coisas distintas, uma é prover de meios para ajudar ao estudo já que como é sobejamente conhecido cábulas sem estudo de pouco servem, outra é um modo de vida e uma forma de vivência comunitária. O favorzinho, o conhecimento, a ajudinha, a cunha, são essas formas criminosas e eticamente reprováveis de estar em sociedade. As cábulas são só cábulas, ninguém vai muito longe somente como cábula, outra coisa é fazer vida e carreira enquanto corrupto, sem medo ou temor da justiça, com um à vontade que se conhecem a certas figuras públicas ou ditadores de repartição.

Obviamente que para os zelotas do costume não têm massa crítica para destrinçar ambas as coisas, não defendemos o cabulanço como modo de prosperar ou fazer estudos contudo não podemos deixar de salutar uma dose saudável do mesmo enquanto parte de uma aprendizagem, outra coisa é à custa da causa pública e dos interesses dos cidadãos fazer carreira e prosperar recebendo subornos de forma a prosperar e viver. Enfim tudo no mesmo saco é próprio dos intransigentes e dos intolerantes que sem mácula julgam viver. Numa palavra fariseus ou zelotas.

sexta-feira, junho 16, 2006

As passas do Algarve!

O post é tardio mas espera-se ainda actual.

Novo estilo em Belem, novas formas de festa nos feriados. Enjoados que estavamos do estilo serôdio e murcho das comemorações de Sampaio, o tom cinzento, a critica ao governo (quando não é da cor do PR), os discursos plenos de analepses e prolepses, de invectivas e desafios ao progresso, de grisalhas e complexas palavras de visitinhas absurdas e de xaropadas de sempre as comemorações da nova Presidência inauguraram um novo estilo mais clássico e mais institucional.

Em comemorações de feriados anteriores o Dr. Sampaio brindava-nos com os freak shows de sempre, os modelos de sucesso e as criticas mordazes, a lenga lenga costumeira de uma presidência sempre cinzenta mesmo em solarengos dias como os que frequentemente banham o nosso pais.

È necessário apostar na qualificação (bocejo)!

A aposta do ensino é o desafio para Portugal (boriiiiiiiing)!

O dia de Portugal é também o dia das comunidades e da língua portuguesa (Bof!)!

Eis algumas tiradas clássicas de qualquer monolítica celebração nacional que em dias festivos como o 10 de Junho tinham o condão de aborrecer ainda mais os pobres cidadãos, segue-se normalmente a já habitual condecoração de todo o corajoso anti fascista, ou seja o gajo que quando passava de fronte da pide, com as mãos nos bolsos fazia um manguito, ou o corajoso lutador que para fugir à tropa foi-se politizar para Paris, outros exemplos já se conhecem, o do Palma Inácio que roubou bancos cujo dinheiro nunca mais se viu ou outros ridículos que premiavam tudo e mais um par de botas, desde o dr. que coseu uns pontinhos no dedinho de um estuporzinho qualquer ao tratador de animais ou outros casos absurdos como o do U2 ou outros mas enfim, isso não mudou.

Antes de irmos para a linha mestra fica somente a curiosidade, poucos ex ministros neste pais não foram condecorados pelo Dr. Sampaio, poucos deputados ou ex deputados ibidem, de entre a classe política duvido que poucos sejam os não contemplados com a medalhita ou comenda merdosa costumeira. Curiosamente o país esta no belo estado que está, educação, justiça etc são somente um exemplo. È caso para perguntar, com tanta honraria e distinção como é que as coisas estão como estão? O mau estar é no verbatim da propria classe claro!

As comemorações do Dr. Sampaio eram sim umas verdadeiras passas do Algarve por diversos motivos primeiro a 9999999 eram um seca e ainda para mais por vezes calhavam ao sabado o que implicava que se nos estragava mais um dia de descanço é que o pais so deve ter 13 feriados por ano mas enfim adiante...

Com o Prof. Anibal as coisas são mais animadas, finalmente voltamos à solenidade mais digna de outros tempos, aviões pelo ar, tropas na parada e tanques no asfalto, o povão bem que gosta e se diverte, não que haja um Bismarck militar em cada ignoto cidadão, mas o Sampaio a distribuir apetos de mão entre criancinhas negras e amarelas, brancas e chinesas celebrando a portugalidade e as comunidades e mais o Camões é uma seca quando comparado a voos rasantes e salvas de fragatas ao largo.

Não só se vê o hardware militar, os magalas batendo a sola na calçada etc e tal mas também o discurso muda, nada de celebrações critinicas dos povos irmãos e fantuchadas que só o Sampas gostava, mas sim um discurso austero sobre a necessidade de o luso gentio contribuir para a defesa e prosperida da terra. Defesa Nacional, empreendorismo e cultura pro activa, acabaram-se as secantes odes e romarias a do dr. Sampaio louvando este e aquele e aborrecendo todo o mundo e mais o outro... O discurso sóbrio e musculado, sempre dentro da dignidade de estado, com camuflados e gente na assistencia é bem mais interessante, mesmo que os media preferissem as cuecas do Ronaldo, os grunhos do Scolari ou o porta chaves do figo, o buda que um ignoto anormal trouxe as cosras de albufeira ou o gajo que pedalou ate a alemanha pra ver os craques fica a nota, a pose formal e solene honrando a Portugalidade e valores lusos em detrimento do rol de queixumes deprimentes servidos com meias frases, não patrioticas pois isso e fascismo ou outro cliche qualquer...

quarta-feira, junho 14, 2006

Negócios são negócios!

Recentemente teve o augusto autor a oportunidade de terminar a leitura de "The tsar's last armada" de Constantin Pleshakov, livro de leitura fácil e corrida que se devora em poucos dias, trata o mesmo da batalha dos estreitos de tsushima entre a armada Imperial Russa e a Armada Irmperial Japonesa. Ao contrário do que julgará o bom leitor, quer a batalha quer as suas consequências foram da maior importância para os eventos que se desenrolaram na primeira metade do século XX no Extremo Oriente e que tiveram o seu fim com a assinatura de paz entre o Japão e os EUA no convés do couraçado Missouri.

Confuso? Por partes iremos então. A épica batalha de Tsushima foi travada em Maio de 1905 entre o Japão e a Rússia, em disputa estava nada mais nada menos que a hegemonia militar e naval no Extremo Oriente a longo prazo. Outros intervenientes menores que tomaram parte directa neste conflito foram a Inglaterra e a França e, em menor importância a Alemanha.

O conflito de 1894 entre o Japão e a Rússia havia sido inconclusivo mas com vantagem para os russos, no seguimento do mesmo e em virtude de uma política expansionista à qual os historiadores chamaram "the Big Game" a Rússia vinha disputando na Àsia Central a supremacia política nesta zona com a Inglaterra, terrenos de disputa eram o Afeganistão, o Irão e demais zonas, ainda hoje quentes na arena mundial. Fruto da guerra da Crimeia e subsequentes conflitos entre a Turquia e a Rússia os Czares Romanovs haviam traçado planos de expansão para Este, deixando de ter como principal foco de tensão política a Europa Central, na qual firmada uma aliança formal com a França seria suficiente para manter a pressão sobre a recém criada Alemanha. O Big Game jogado na Ásia encontrou dois adversários de peso do lado russo, a Inglaterra com a sua poderosa talassocracia, maior império e frotas mundiais, ocupando a India e outras zonas do globo e o Japão, recém unificado também em 1868 pela dinastia Meiji que ainda hoje se mantém à frente do Reino, ao mesmo tempo que se tornava numa potência média mundial altamente industrializada, sofisticada e com apetites expansionistas.

Ficando de parte a disputa com a Inglaterra, era mais ou menos assente no princípio do século XX que emergeria um conflito entre a Rússia e o Japão. Prémios em jogo, a Coreia, a China e os mares do Oriente. Numa estratégia expansionista prosseguida desde 1880, completa a Rússia o caminho de Ferro trans-siberiano, alargando o império Romanov para além da Sibéria, até Vladivostock. Vladivostock no Kamtachaka mais oriental permite aos Russos estabelecerem uma base naval sólida que ameaça a navegação no Oriente. A Armada Russa é poderosa em comparação com a do Japão, embarcando em processos de construção avançados à data, na tradição de Catarina e Pedro o Grande. Problemas para o lado russo, vários, primeiro uma hostilidade quase belicosa com a maior marinha do Mundo, a Inglaterra e a pulverização da sua marinha entre vários mares, desde o mediterrâneo, ao báltico, passando pelo oceano Pacífico e mar do norte. Aliado ao seu gigantismo natural e problemas daí derivados, a Rússia era governada por um nepotismo corrupto que evitava que quer o exército quer a marinha fossem equipadas a rigor com desvios imensos pelas oligarquias reinantes. Um pouco como os dias soviéticos, um pouco como hoje, um pouco como sempre.

Demais problemas eram causados pro Vladivostock, fruto da sua localização os gelos invernais impossibilitavam a utilização deste porto durante parte do ano, confinando assim a frota e reduzindo a sua operabilidade. Neste contexto pratica a Rússia de Nicolau II uma política de anexações, incluindo Port Arthur na China. Resultado, o Japão não poderia tolerar uma base naval que ao mesmo tempo que ameaçava a navegação comercial entre o Japão e o continente asiático, seria sempre um espinho cravado nos seus recursos navais obrigando assim a pensar várias vezes a anexação da Coreia e da Manchúria fruto do extrordinário desenvolvimento do Japão pós 1868. Duas notas acerca do Japão, o milagra pós 1945 é comparável ao milagre pós 1868, contudo o primeiro marcou profundamente a política japonesa. A abertura do Japão fez-se como a da China, á lei da canhoneira, no caso japonês foram por ocidentais humilhados os japoneses. Não sendo profundamente conhecedor da cultura japonesa, é suma ofensa e caso de morte a humilhação de um oriental de forma a que este perca face. Nunca esquecem os orientais, muito embora de maneiras diferentes as humilhações provocadas por outros povos. No caso japonês era a par de uma cultura de modernização importando e copiando o melhor dos ocidentais uma desforra, o inimigo mais próximo e que mais ameaçava o Japão era a Rússia. Ao lançar-se para Port Arthur cometeu o Czar Nicolau II a imprudência de dar oportunidade ao Japão, firme aliado da Inglaterra para acertar as contas e definir quem sulcava as ondas do mar Amarelo.
Apanhando a armada oriental russa no porto o Almirante Togo procedeu a uma razia nos seus elementos mais fortes ao mesmo tempo que um golpe de sorte colocou fora de combate o navio almirante russo, matando o comandante da Frota, o Almirante Makarov.
Confinando a armada a Port Arthur foi colocado o mesmo sob cerco. Em São Petersburgo era tempo de vingança, Nicolau II tinha um ódio pessoal pelo Japão povo que considerava desprezivel para além de profundamente pagão, formou este uma frota de entre a fina flor de homens e navios da Armada Russa do mar do Báltico e Mediterrâneo. O Plano era simples, partindo de Kronstat, perto de São Petersburgo deveriam os navios sob o comando de Radzounsky(mal escrito), atravessar as 18.000 milhas até Port Arthur se ainda Russo ou Vladivostck de forma a daí se poderem lançar operações contra a navegação comercial e de guerra japonesa, ameaçando as ilhas do Japão e possessões ultramarinas. O almirante russo cujo nome é de dificil escrita não considerou o canal do Suez como alternativa visto o mesmo ser uma possessão inglesa, ao mesmo tempo que era uma zona proba a emboscadas e ataques nipónicos, a rota do Cabo foi a seguida pelo grosso da frota.
Numa odisseia plena de périplos e peripécias chegam os russos a Tsushima, a meras 2.500 milhas de Vladivostock, port arthur havia entretando caído, numa batalha sangrenta e violenta a frota russa é novamente batida, fruto da longa viagem e de uma multiplicidade de factores, bem como um tiro de sorte japonês no Suvarov, navio almirante russo. A pontaria não era o forte de ambas as esquadras, contudo graças a um projéctil superior, com 4 vezes a carga explosiva que os russos os japoneses conseguem reduzir a frota russa a picado.

Blá Blá Blá, para não aborrecer o bom leitor, que já de si o deve estar enjoado de tanta navegação, Tsushima marcou o ponto de viragem no Oriente, em breves anos tornar-se-ia o Jap~~ao a primeira potencia marítima e militar da zona, a China era demasiado fraca, a Inglaterra teria poucos interesses para além de Hong Kong, o Japão moderno e forte, vencera pela primeira vez os ocidentais, debelando humilhações e aguçando os seus apetites expansionistas, Coreia e Manchúria seguir-se-iam. Como não existem vazios em política mundial confinou-se o Japão entre daus potências anglófobas, a Inglaterra, ocupando a india, australia, Singapura entre outras e os EUA. Estava lançada a semente para Pearl Harbour e Nagasaki.
Moral da história, vários que o bom leitor retirará, certamente nós apenas que a história é do mais interessante que existe não apenas porque se repete mas também pelas lições que daí se retiraram, nomeadamente que é necessária uma estratégia política e militar de contenção da China, a realizar precisamente pelo Japão, Índia, Rússia e Austrália de forma a evitar desejos belicosos e expansionistas, é a luz destes prismas que deve ser vista a estratégia Bush para a Coreia do Norte e para a China, dai ser fundamental concertar esforços e diversificar entre a Índia e a China, não apostando tudo no mesmo cavalo. A China é fácil de conter se todos a realizarem um pouco, alias a contenção é uma necessidade inquestionável e que surge pela mão invisivel da política e do poder. Esquivos e inteligentes os Chineses entendem que o jogo é a longo prazo, alias iludam-se os que pensam a 4 ou 10 anos, o jogo é a 40 ou 80 anos, so a este prazo poderá a China ser uma ameaça real, hoje é ainda um tigre de papel, com garras atómicas obviamente.

Terminando num mundo que se quer multipolar a estratégia do equilíbrio dos poderes é tão actual como na Europa do século XIX ou antes mesmo. Curiosamente mudam as armas e o progresso, os intervenientes e as políticas, as democracias e outros regimes contudo as regras do poder puro e duro, não obstante a codificação dos tratados ou as retóricas diferentes, são sempre as mesmissimas, seja a arte da guerra do Sun tzu ou o Principe de Maquiavel, seja a boa vontade yankee, o espírito de britishness, o liberalismo e o comunismo ou outra coisa qualquer... è por isso que a história é interessante, os missionarios de bruxelas ou outros podem exportar boa vontade mas não iludem os ventos da história que ora sopram de feição ora destroiem impérios. Enfim... só não vê quem não quer... Nos por cá temos poucas ilusões pois como diz o outro, negócios são negócios!

sexta-feira, junho 09, 2006

O retrocesso civilizacional

Parece que a proposta de diminuir a idade mínima de imputação criminal apresentada pelo CDS levatou um enorme celeuma entre os restantes partidos políticos. Entre os diversos partidos políticos as reacções foram de crítica e de descontentamento.

Ora parece que certas cabecinhas pensantes em S.Bento, contradição nos termos, consideram que passar a idade de imputação penal para os 14 anos é um retrocesso civilizacional, não obstante em toda a Europa o movimento ser precisamente esse, veja-se"somente" o caso de países como o Reino Unido(10 anos), a Grécia(12 anos), a França e a Austria (13 anos) e a Itália e Alemanha (14 anos), oh gente retrógada que nega os valores civilizacionais, felizmente as luminárias de S. Bento fixaram o seu limite, 16 anos nem mais nem menos.

Retrocesso civilizacional? Dúvido, retrocesso civilizacional é não responsabilizar os adolescentes em devido tempo é criar situações de impunidade ao mesmo tempo que socialmente se ignora até ser demasiado tarde certos comportamentos proibidos em sociedade. Com 16 anos como provam demasiadas situações é demasiado tarde para alterar ou impedir um caminho de delinquência, mas enfim somos mais civilizados que os outros países todos por termos mentes brilhantes que preferem desresponsabilizar em vez de obrigar os cidadãos, mesmo os mais jovens a assumir responsabilidades.

Civilização implica precisamente continuidade e acolhimento de um património social e valores comuns, tanto quanto sei o da responsabilização pessoal é um deles. Sinal do retrocesso civilizacional é precisamente é uma cultura de laxismo e de falta de chamamento à colação e responsabilidades do ser humano, é desculpabilizar de forma artificial e grosseira, é colocar os jovens numa situação de impunidade e alheamento, não aplicando ou "educando" em devido tempo.

Entre os diversos psicólogos e demais cientistas dessas áreas do comportamento juvenil é priviligiada a tese da responsabilidade, de crescentemente à medida que o pequeno infante cresce se lhe atribuam obrigações sobre a sua própria vida, não se trata uma criança com 10 da mesma forma que uma com 5, nem uma de 12 como uma de 16 pois, para além de fisicamente os estados de desenvolvimento serem diferentes, também os processos mentais. Ambos não têm a capacidade de descernimento de um adulto, contudo alhear os jovens de qulquer imputação penal é retrógada e cretino. È transferir para a esfera dos pais responsabilidades que devem ser partilhadas com a sociedade, tentando até ao presente não dar exemplos concretos pergunto se um miudo de 14, 15 anos que com violência ou uso de armas de fogo realiza diversos assaltos não têm consciência dos seus actos?

Como neste absurdo pais as coisas só se resolvem a "quente" no dia em que suceder um homicídio ou outro qualquer grave crime se tratará prontamente de alterar os ditos limites, comose o problema hoje não fosse já de si premente.

quinta-feira, junho 08, 2006

3 vivas pró Scolari!

Mais três vivas!

«A PSP de Cascais deteve na passada terça-feira um indivíduo de 16 anos por suspeita de assaltos à mão armada e furto de um automóvel. O jovem é acusado da realização de dois assaltos e uma tentativa de assalto a restaurantes e bares na área de Trajouce com uma arma de fogo e um extintor.
[...]

O jovem acabou por assumir a sua participação nos actos criminosos e o Tribunal de Cascais sujeitou-o ontem a apresentações quinzenais na esquadra da sua área de residência»

Retirado do Jornal «Diário de Notícias» on line

3 Vivas pro magistrado! Pra quê dizer mais?

GNR em Timor

Como sempre, o Governo Português, na sua cátedra de sapiência ao nível da política externa, mandou um grupo excursionista equipado com meia dúzia de metralhadoras e uma ou outra pistola, passear para a ex-colónia de Timor Leste.

Obviamente recebidos como força colonizadora que foram durante séculos, bandeirinhas e gritos de salvação por parte do povo faminto e abandonado.

Claro que, bem vistas as coisas, o grupo excursionista enviado para ajudar o povo timorense, conseguiu em 5 dias:

- Esperar que chegasse o material necessário para fazer as rondas, ou seja, uns tanques de uns bacanos, mais umas algumas dos Filipinos e coisas do género...

- Prender dois putos que estavam com uma fisga na esquina...

- Levar os putos aos australianos para que estes os prendessem...

- Os Australianos não reconheceram o nosso grupo escursionista, não aceitaram a sua autoridade (e consequentemente os seus presos), e ainda quiseram apreender as suas armas...

- Os excursionistas ficaram impedidos, pelo Estado Português de desempenhar a sua missão, uma vez que existe um conflito entre as forças australianas e neo-zelandesas e o grupo excursionista.

Portanto, as we speak (or write) o grupo excursionista da GNR mais parece uma agência do INATEL, que resolveram fazer uma viagem a Timor, para colher os cheiros e sabores da população faminta.

Por cá, ninguem parece chocado com este facto. PM Pinto de Sousa diz que a GNR não ficará na alçada de ninguem, logo também não vai fazer nada.

Apenas passear, ganhar dinheiro dos contribuintes (pago por todos nós... nem digo em que condições) e banhar-se no Indico.

Está tudo dito!

P.S. Enquanto isso parece que existe uma situação problemática em Timor... mas não deve ser nada de grave.

3 vivas pro MP de Setúbal!!

«O Ministério Público já instaurou onze processos contra a Casa do Gaiato de Setúbal, sendo que dez foram arquivados.»

Retirado de «o Público» on line.

Banda sonora dos Queen: «Yes We will keep on trying», o contribuinte que pague a conta!

Põe a pergunta não há mais nada para fazer por ai?

3 vivas prá bófia!

Ontem a bófia manifestou-se, pouco originais alias protestam como todas as outras corporações da função pública dando mais razão ainda ao Governo que os trata de forma indiscriminada com professores, continuos e demais mangas de alpaca da F.P.

Será por isso que são tratados pela população com o mesmo respeito que os alunos tratam os professores?

3 vivas pros sindicatos da Bófia, são tão obtusos como os demais....

"Il Gattopardo"

«É necessário que algo mude para que tudo fique na mesma»

Teve oportunamente este autor a oportunidade de ler o Leopardo de Tomaso di Lampedusa. A frase acima aplica-se contudo aos diversos aspectos tratados no livro seja politicamente seja de forma mais interessante socialmente ou religiosamente.
Fica o apontamento o bom leitor fará com ela o melhor que entenda sem se iludir que com a mudança pouco se muda, com a revolução pouco se altera na sua génese e o tecido social, salvo alguns remendos pontuais ibidem.

Sic transit gloria mundi!

quarta-feira, junho 07, 2006

Detenções á la carte!

Parece que ontem a reportagem da RTP sobre a extrema direita Portuguesa já levantou ondas de choque, um dirigente de um grupusculo qualquer que se considerava a si próprio como líder dos nacionalistas em Portugal já foi detido por conta de arma ilegal sendo apreendido numeroso material «proibido».

Todo o assunto mete nojo, desde a ideologia dos grupusculos pseudo nazis que andam pelas ruas em delirantes manifestações levantando o braço com saudações nazis e gritando pelo nome de defuntos alemães e de ideologias absurdas e idióticas que só num pais como o nosso são proibidas por conta de uma disposição constitucional que envergonha qualquer pais que se considere minimamente civilizado ou tenha pretensões de o ser, como é o nosso caso!

Começando pelos ensandecidos manifestantes, amantes do White Power e essas coisas resta somente a jocosidade a que estes são reduzidos, não pela comunicação social que os trata como párias ou proscritos de um sistema político dito democrático e no qual há a liberdade de expressão.Lamentavelmente são os ditos "nacionalistas" membros de defuntas e flamejantes ideologias, sem qualquer suporte fora de um determinado contexto histórico já de si extremo como foram os anos 30 e 40. Sinceramente pergunto o que é que andar para ai gritando "Mein Fuher" que nem um doido e apregoando a morte a todo o portuguÊs não ariano contribuí ou implica para o nacionalismo português. Um Portugal branco foi coisa que nunca tivemos, basta estudar a história de Portugal, de confluÊncia de diversos povos, desde fenícios e cartagineses, a árabes, suevos e demais povos mas enfim, continuando... O restante rol de barbaridades históricas continua, desde uma visão revisionista da II guerra mundial passando por um messianismo nacional socialista que somente faria sentido no estranho mundo dos 30 em que o comunismo fazia e fez ate aos anos 70 menção à necessidade de exportação da revolução vermelha com os belos resultados que se lhes conhece.

Curiosamente ou não os mesmos que gabam o génio do nacional socialismo esquecem-se que no plano político ou histórico a demência galopante do mesmo foi a única causa para a sua queda antes do mais, não foi uma qualquer conspiração zionista ou grande cabala, foi a cretinice dos dirigentes da alemanha que conseguiram que os comunistas se aliassem aos democraticos tendo ambos um desprezo e desconfianças recíprocas.

Do lado do Estado de Direito, curiosamente a reacção é a do costume, vigilâncias policiais absurdas, mobilização de recursos e perseguições cretinas, os media contribuem com a já costumeira receita de parcialidade do costume, tratando não apenas aqueles como párias mas descrevendo-os em moldes quase demoniacos e demonizados em vez da fraude intelectual e histórica que representam, mas também esperar isso dos media ou de alguém neste país será como por um maluco a guardar as portas do júlio de matos, mas continuando, o Estado de Direito, vigilante só para alguns não hesita e conduz buscas e faz apreensões, ora qual o crime do dito cavalheiro o de deter uma arma de caça e empunhar a mesma qual homo sapiens que guardando a sua caverna empunha a sua moca perante 3ºs ameaçando os... Alias continuando, do lado do estado de direito e como acima foi dito não se compreende que se tratem como ameaças nacionais e públicas grupos que partilham determinada ideologia e fazem uma apologia mais violenta da mesma, parece que o Sr. representante do sindicato da Bófia(quando agem como lambões e funcionários públicos são assim referidos), que ameaçou bloquear a ponte sobre o tejo ou outra qq forma de protesto chantagista.

Aos olhos do vigilante estado de direito escapam os comportamento zoologicos de alunos nas escolas, de corredores de tuning e corridas ilícitas, de lutas de cães, de tráfico de droga, de exploração humana e de todo o tipo de delinquente que neste pais goza de tempo de antena priviligiado e de impunidade seja para se gabar seja para se promover. Tristementa passam ao lado dos olhos do Estado de Direito, ora vigilante ora cego, as camionetas que recrutam trabalhadores ao dia para a construção civil um pouco por toda a lisboa, o abuso que é o tráfico de mulheres e prostitutas, aimpunidade com que se vende drogas leves ou duras que para mim são todas iguais, a pedofilia ora esquecida, ora chaga nacional e motivo de depressão, as construções camarárias que brotam em todo o lado e os milhentos sinais de riqueza de dirigentes políticos, empreiteiiros ou construtores, autarcas ou outros que com impunidade se passeiam pelas ruas e corroem a qualidade de vida comum, esses sim verdadeira chaga à saúde pública e à segurança nacional... Mas enfim contentem-se os burocratas e os defensores da podridão nacional por o maluquinho do gajo de cabeça rapada já não ter a sua espingarda para mostrar enquanto nas barbas de todos se vendem armas e droga em bairros de Lisboa e do País entre coisas ainda mais repugnantes que andaram À vista de todos por demasiado tempo...

Detenções e processos sim mas só á La carte....

segunda-feira, junho 05, 2006

Coisas que apenas o Partido Socialista pode fazer

Primeiro Ministro Eng. Pinto de Sousa participa em manifestação, e afirma:

"Como primeiro-ministro estou aqui para vos dizer que considero as políticas do ambiente fundamentais para que tenhamos um país mais bonito e para que tenhamos um país economicamente mais forte", afirmou o governante na Alameda da Régua, num discurso essencialmente dirigido às crianças.

Todas bateram palmas, e disseram em uníssono: XONAS!!!!!!!!!

A pergunta que deixo é: Será que o Primeiro MInistro não se pode preocupar em governar em vez de passear pela Régua e dar beijinhos a criancinhas... Será que uma reunião com o presidente da CIP da CAP e com o Ministério do Ambiente não poderia defender melhor o ambiente, que um discurso para as crianças?

O nosso PM parece o Vasco Granja (saudoso...): Fala de assuntos sérios com quem não percebe, e perde tempo com assuntos triviais quando fala com quem pode colaborar e resolver...

Mais um épico luso...

Pese os olhares de muitos estarem apontados aos homens da selecção nacional, outra selecção de eleitos que levam o nome e a lusa bandeira é merecedor da nossa atenção. Escolhidos não pelos seus chorudos vencimentos ou pela suas proezas durante 90 minutos lúdicos os 120 homens da GNR e 3 membros do pessoal médico do INEM chegaram a Timor.

Não é aqui o local para discutir de facto e de direito os motivos que legitimam a nossa presença, e muito menos analisar com grande acuidade geo estratégica os motivos que motivam a situação de quase insurrecção de Timor que alias não compreendemos e que carecem de maior aprofundamento. De louvar sim a posição do Governo e o consenso nacional que o mesmo consegiu criar junto do envio de homens para tão longínquo país. De facto e para além de um sentimento de solidariedade entre as duas nações, Portugal e Timor pouco têm a ver um com o outro, salvo somente a língua e uma cultura comum, um património histórico e uma profunda , enfim coisa pouca...nada que uns aninhos de exploração petrolífera não substituam...

Não obstante o interesse nacional e simpatias lusas, a presença de um pequeno contingente de 120 homens causa embaraço e apreensão à Austrália especialmente. Desde o enfraquecimento da Indonésia que possibilitou não apenas o referendo de Timor, mas também a subsquente independência que a Austrália se impôs como a potência número um da zona. A Indonésia, embora forte, dado o turbento processo interno e convulsões políticas, bem como tensões independentistas internas está mais voltada para si mesma que para os problemas de Timor, permitindo com o seu consentimento expresso ou fruto de sua impotência que as fronteiras entre Timor e a Indonésia sejam purosas a membros desestabilizadores e de outras simpatias ideológicas. Enfim, ultrapassadas as estas básicas reflexões vamos lá ao contingente luso e suas peripécias.

Dado o desinteresse e australiano a sua posição é desde o início não cooperante, sendo por tentar por sob a sua alçada o pequeno contingente luso, que gorou nos seus intentos, felizmente leia-se, mas também por dificultar a toda a linha logística e não só a "nossa"presença. Episódio caricato o de hoje, fruto das más infraestruturas do território.

Prova disso é que não colaboraram os australianos com a chegada do voo que transportava a GNR, não auxiliando as comunicações que facilitariam a aterragem em Baucau do referido transporte aéreo. As comunicações radiofónicas foram então realizadas por intermédio de difícies expedientes repartidos entre entidades locais e portuguesas. O corajoso engenho luso lá conseguiu aterrar o referido jacto, onde no terreno esperam os veículos da unidade de missão portuguesa estacinada em Timor, a coligação heteróclita de veículos nos quais ontem vimos até um autocarro escolar colocou a unidade nacional no local de aboletamento, jargão militar para alojamento.

As saudações simpáticas do nativos da distante ilha ficam para outras calendas, de salientar contudo o bravo engenho nacional que orgulha qualquer um que tome como importante a actuação fora de portas de contingentes militares lusos e que a pátria, mesmo pobre é honrada e corajosa, envidando dos melhores esforços para defender não só seu território mas também aqueles que conosco partilham um substracto cultural e linguístico comum...
Não se comparando ao patriotismo de bola e bandeirinha a mim enche-me de orgulho e responsabilidade, que Portugal se agigante e defenda um pouco do que é a sua cultura, por mais difícil que seja. O post de hoje não é jocoso ou trauliteiro dado que o assunto é sério melhores viram, até lá uma saudaação aos valerosos militares da GNR e ao INEM!

sexta-feira, junho 02, 2006

Uma Cavacada no PC!!

Desengane-se o bom leitor se julga que o PC está hoje sob o crivo desta marreta, em breves palavras somente saudamos a decisão do chefe de estado que corajosamente e de forma clara e precisa enviou um sinal aos apaniguados do politicamente correcto, ao vetar politicamente e não enviando para os juizes do tribunal constitucional o "diploma da paridade" deu o PR um sinal de vitalidade e de bom senso...

Recomendamos a leitura do comunicado de Belém que de forma mordaz e acuta escalpeliza o idiótico projecto de lei.

Será da bonomia costumeira das 6ªs ou somente da surpresa que o acto causou, a verdade é que hoje de belem vem um sinal, de tempos futuros ou não a ver vamos...

Não sendo apologista do sistema reinante, nem da concepção orgânica dos poderes dentro do sistema político nacional, de forma irracional e parcial devo salientar que sabe bem quando o PR decide de acordo com as nossas preferências ou simpatias, é caso para dizer que é esta a maior força e fraqueza do sistema...

Sabe duas vezes melhor quando é a 6ª pela tardinha...
BFS e 2ª há mais...não certamente com a mesma boa disposição.

Ele afinal não veio só para aparecer nas fotografias

De acordo com notícia do Público e confirmada por comunicado da Presidência da República, o Presidente veto a lei da paridade entre homens e mulheres... Podem ler a notícia aqui.

Ora bem... um bom veto político para acordar a maralha socialista...

Afinal vamos ter forrobodó!

VIVA!

quinta-feira, junho 01, 2006

O Mundial

Falta uma semana e uns dias para o primeiro jogo da Selecção no Mundial de Futebol.

Cumpre fazer uma previsão, sobre a nossa e sobre as restantes selecções:

Portugal - Selecção com 5 bons jogadores, tem no meio-campo (ao contrário do que acontecia no passado) as suas maiores fraquezas... Maniche, Costinha sem ritmo de jogo, Petit e Tiago em fraco momento de forma. E desta vez, nem a defesa se safa com Meira a marcar golos na baliza errada.

Ainda assim, cumpre referir que a não passagem na primeira fase seria uma enorme desilusão. No entando, a partir daqui tudo é vitória, uma vez que ou Argentina ou Holanda serão os adversários, pelo que qualquer uma destas selecções poderá vencer a selecção das quinas.

Brasil - O grande favorito e, na minha opinião, apenas poderá ter dificuldades no início. Depois de embalado será praticamente impossível de bater.

Argentina - Sempre uma favorita que desilude à 16 anos. Mas se desta vez, forem colocados os melhores jogadores a jogar, e apenas um playmaker (dos 10 que tem para o mesmo lugar), pode ser desta vez... de relembrar que não perderam com o Brasil...

Inglaterra - Para mim, o melhor conjunto de jogadores desde 66. Meio campo de luxo com 3 jogadores de classe mundial que facilmente poderiam entrar no mehor onze europeu do ano. Com Rooney recuperado e a defesa sólida com o guarda redes fiável (ao contrário de Calamy James), prevejo uma boa participação, quem sabe até às últimas fases.

França - Depende de Zidane, mas tem Henry em super forma pelo que é igualmente uma forte competidora. Falta-lhe imaginação no meio campo, embora me pareça que Zidane vai querer acabar em grande, o que pode empurrar os Bleu para a final.

Espanha - Não a vejo com grandes possibilidades. Curto e grosso falta-lhe qualidade em vários sectores. Se o Ataque com Raul e El Nino parece ser o mais forte, o facto é que continua a faltar o génio do meio campo... Os Xavis por bons que sejam não fazem de Deco...

Itália - Para mim a grande incognita... Tem jogadores, tem treinador, mas não tem confiança... Falta-lhe igualmente o génio... Totti ainda a recuperar e com Inzaghi a titular, parece-me que só com alguma sorte chegará longe.

Alemanha - joga em casa, mas selecção não tem. No entanto é sempre candidata. No ultimo mundial tambem não tinha selecção e foi à final, pelo que nunca se descarta a força da Manschaft (sempre quis usar o nome... eheheh).

Possíveis surpresas: Costa do Marfim, Rep. Checa e especialmente a Holanda.

Onze do Mundial: Argentina (com a defesa da Inglaterra)

Onze de Portugal: Ricardo; Miguel, Carvalho, Meira e Caneira; Costinha e Tiago; Ronaldo, Deco e Figo e Nuno Gomes (Pauleta que vá vender queijo!).

Onze meu: Casillas; Miguel, Terry, Ferdinand, Heinze; Lucho e Gerrard; Cristiano Ronaldo, Deco, Ronaldinho, Shevchenko.

Aceitam-se apostas e sugestões.

P.S. Final Brasil Vs Argentina era o melhor! Portugal Vs Espanha tb não era mau...